O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta segunda-feira (03) a compra da mineradora Ferrous pela Vale. Assim, a decisão da autarquia ocorre mesmo depois que o órgão recebeu pedidos de reprovação. Dessa forma, foi a Porto Sudeste que pediu para que a negociação fosse suspensa.
De acordo com a dona do porto privado, a operação entre a Vale e a Ferrous levaria a uma concentração do mercado e da exportação do minério de ferro. Entretanto, no entendimento do Cade, a Vale não “tem capacidade de fechar o mercado portuário para produtores de minério de ferro na região Sudeste”. A justificativa de Alexandre Cordeiro, superintendente da autarquia, foi de que existem outras opções para o escoamento.
A decisão da autarquia contrariou o afirmado pela Porto Sudeste. Isso porque a empresa disse que a Vale teria 80% do mercado caso comprasse a Ferrous. Entretanto, de acordo com a autarquia, a mudança não traz mudanças significativas na questão de concorrência.
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Além disso, o órgão também entendeu que a Ferrous não é uma concorrente da mineradora. Dessa forma, a compra da segunda pela primeira não traria consequências negativas nem para os consumidores, nem para as outras empresas do setor.
Vale e usina no Pará
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Além dessa compra, a Vale também aposta na construção de uma usina de aço no Pará. Assim, a criação seria feita em conjunto com a China Communication Construction Company (CCCC).
De acordo com o governo paraense, o investimento da laminadora no estado será de US$ 450 milhões de dólares. O grupo chinês controla a maior companhia de engenheira consultiva do Brasil, Concremat, que será responsável por montar o empreendimento.