A Superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta segunda-feira (15) de 96,3% da Siderúrgica Latino-Americana (Silat) pela Gerdau (GGBR4).
O acordo foi anunciado em novembro do ano passado, avaliado no valor de US$ 110,8 milhões (cerca de R$ 568,4 milhões), ainda está sujeito a ajustes. “Essa aquisição faz parte da estratégia da Gerdau de atender cada vez melhor seus clientes no mercado brasileiro”, comunicou o grupo siderúrgico, após assinatura do negócio.
O Cade constatou que a compra da Silat poderá superar o domínio mínimo de certos mercados, que o companhia deverá deter pouco mais de 30%. A empresa está baseada em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza (CE), e apresenta capacidade instalada de 600 mil toneladas de laminação.
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O órgão regulador verificou que, embora a Gerdau mostrar forte participação no setor, outras companhias ainda terão a possibilidade de continuar competindo com ela.
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Segundo Cade, as companhias do segmento ouvidas pela autarquia não indicaram potencial prejuízo a suas atividades.
“O mercado é competitivo, mas sempre regionalmente, pois fretes muito altos impedem a entrada de fornecedores de outras regiões”, comunicou o grupo Dimensão à Superintendência.
Ao mesmo tempo, a Catatau Aço salientou ao órgão antitruste brasileiro que o segmento “é competitivo, pois existem vários pequenos fabricantes desse produto”.
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Da mesma maneira, a ArcelorMittal também defendeu que o mercado é competitivo, pois além das usinas produtoras existem diversos fabricantes independentes.
A Ferronorte, por sua vez, seguiu a mesma linha, alegando que há centenas de fabricantes no mercado. “Considerando que é um produto que não exige certificação compulsória, as pequenas empresas têm maior facilidade para entrar no ramo”, destacou a empresa.
“Entendeu-se inexistirem indícios de que a operação geraria aumento de probabilidade de exercício de poder de mercado”, concluiu o Cade, sobre o negócio entre Gerdau e a Silat.