Cade aprova aquisição da Biosev pela Raízen, subsidiária da Cosan (CSAN3)
A Cosan (CSAN3) informou nesta terça-feira (2), em comunicado ao mercado, que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição da Biosev (BSEV3) pela sua joint venture em parceria com a Shell, a Raízen.
Segundo o documento, entretanto, antes de ser absorvida pela Raízen, a Biosev terá de cumprir outras condições como, por exemplo, a sua reestruturação societária e de endividamento.
Conforme acertando anteriormente, todos os ativos da Biosev deverão ser incorporados pela Hédera, sua atual controladora. Os demais acionistas receberão ações da Hédera, se assim desejarem, ou poderão optar por um contrato de venda dos papéis.
A Hédera receberá a quantia final negociada com a Raízen e, com esse capital, de R$ 3,6 bilhões, reestruturará parte da dívida da Biosev, contabilizada em R$ 7,7 bilhões no fim de janeiro de 2021. Fora o dinheiro levantado na transação, a Hédera realizará uma nova emissão de títulos de dívida, em cerca de R$ 4,1 bilhões, para zerar todos os déficits.
A Hédera irá concentrar todos os ativos da Biosev e, posteriormente, se tornará uma subsidiária da Raízen. A adquirente, na contraparte, terá de aumentar seu capital social para considerar a incorporação.
Há ainda uma opção de compra por parte da Raízen de ações resgatáveis da Biosev, que poderá acontecer nos aniversários de seis, sete, oito e nove anos após o fechamento da transação. A Hédera só poderá exercer sua opção de venda no nono ano. Caso a Raízen oferte novas ações de forma primária na bolsa de valores, o processo poderá ser adiantado.
Aquisição da Biosev pela Raízen cria gigante da produção da cana e do etanol
A aquisição da Biosev, segunda maior empresa do ramo de produção cana e de etanol, pela Raízen, a primeira, gera uma gigante do setor com capacidade instalada para produzir 100 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e com participação de 13% no mercado. Serão 35 unidades produtoras: 26 da Raízen e 9 oriundas da Biosev.
