Cade: análise da eventual compra da Oi por rivais pode levar um ano
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pretende usar o prazo máximo de 330 dias para analisar a possível compra dos ativos móveis da operadora Oi (OIBR3;OIBR4) pelas concorrentes Vivo (VIVT4), TIM (TIMP3) e Claro. O presidente da autarquia, Alexandre Barreto, explicou nesta segunda-feira (3) que quando analisam a venda da Oi, estão “pisando em ovos”.
Apesar de representar um possível prejuízo adicional de bilhões de reais à Oi, o Cade entende que o período de quase um ano será necessário. O presidente do órgão antitruste afirmou que a complexidade do caso demandaria o uso dos 240 dias previstos na legislação, assim como uma extensão de 90 dias.
Além disso, o prazo previsto pelo Cade começaria a correr em janeiro de 2021, junto com o início do leilão judicial dos ativos da operadora. Isso indicaria que a empresa teria que se sustentar até dezembro de 2021, quando a decisão final do órgão será divulgada.
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Por essa razão, a Oi mostrou interesse na oferta realizada pela empresa norte-americana Highline, já que o Cade poderia chegar a uma decisão sobre essa aquisição em algo como 30 dias. Isso se deve ao fato de não corresponder ao consórcio formado por Vivo, TIM e Claro.
No entanto, o acordo de exclusividade assinado entre a operadora brasileira e a Highline vence nesta segunda-feira. Após essa data, a Oi poderá negociar novamente com outras empresas. A Vivo, Claro e TIM indicaram que contestariam a oferta.
TIM, Vivo e Claro podem voltar a liderar disputa por área móvel da Oi
O consórcio formado por TIM, Vivo, e Claro pode retomar a liderança da disputa pelos ativos da operação móvel da Oi (OIBR3). Segundo o jornal “O Estado de S.Paulo”, isso aconteceria caso o direito de exclusividade nas negociações dado pela Oi à Highline, que expira na próxima segunda-feira, não for renovado.
Saiba mais: Oi (OIBR3): TIM, Vivo e Claro podem voltar a liderar disputa por área móvel, diz jornal
Na última sexta-feira (31), o jornal “O Globo” informou que a Highline desistiria das negociações e não cobriria a contra-oferta do consórcio pelos ativos da Oi, de R$ 16,5 bilhões.