O BV, antigo Banco Votorantim, suspendeu sua oferta pública inicial de ações (IPO), segundo fontes familiarizadas com a instituição financeira. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (12) pelo jornal “Valor Econômico”.
Segundo uma das fontes ouvidas pelo veículo de comunicação, as conversas entre os investidores, analistas e bancos de investimento já haviam começado. No entanto, o BV decidiu interromper as negociações. O IPO pode ter sido adiado por conta das turbulências no mercado global, motivadas pela epidemia de coronavírus.
A oferta do banco foi protocolada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 11 de fevereiro. Por meio da oferta, o banco pretendia levantar R$ 5 bilhões. O IPO estava previsto para ocorrer já em abril deste ano.
Conforme o prospecto preliminar publicado na ocasião, as seguintes instituições financeiras iriam coordenar a abertura de capital do banco:
- Goldman Sachs;
- J.P. Morgan;
- BB Investimentos;
- Itaú BBA;
- Morgan Stanley;
- Bank of America Merrill Lynch;
- UBS.
No entanto, em contrapartida ao que foi divulgado, o BV ainda não se manifestou sobre o possível cancelamento da oferta.
Resultados do BV no 4T19
O lucro líquido do BV no quarto trimestre de 2019 foi de R$ 327 milhões, um crescimento de 16,1% em comparação com mesmo período de 2018. O banco teve uma rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 14% no ano passado, um crescimento de 2,5% em relação a performance de 2018.
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A instituição financeira tem se dedicado a fazer acordos com setores que não são muito explorados por grandes instituições financeiras do Brasil. Dois exemplos disso são: financiamento estudantil e instalação de energia eólica. O banco também passou a oferecer funding para empréstimos de fintechs.
A carteira de crédito do banco também registrou um avanço devido a recuperação do setor automotivo. Assim, este indicador fechou 2019 em R$ 66,3 bilhões para a instituição, uma alta de 10% na comparação anual. “Nosso foco é manter um resultado consistente”, afirmou o presidente-executivo do BV, Gabriel Ferreira, em entrevista à agência “Reuters”.