Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, aprovar ontem o pedido para uso emergencial de seis milhões de doses da CoronaVac, o Instituto Butantan, que produz o antígeno em parceria com a companhia chinesa Sinovac, pediu o registro de mais 40 milhões de doses. Dessas, 4,8 milhões estariam já prontas para uso.
A informação foi dada por Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, em coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado de São Paulo.
As autoridades paulistas e o Butantan querem duplicar a produção da coronavac ainda nesta semana, passando a manufaturar duas milhões de doses por dia. Ontem, durante a entrevista que precedeu a aplicação da primeira dose do antígeno, Covas afirmou que espera autorização do governo chinês para realizar a importação de novos insumos.
Segundo ele, o novo pedido feito ao governo da China deve ser o suficiente para produzir 11 milhões de doses. Ele devia, entrentato, ter sido aprovado já há 15 dias.
Urgência pela CoronaVac acontece em meio falha do Ministério da Saúde
A necessidade da aprovação do uso de mais doses da CoronaVac acontece em meio ao fracasso do Ministério da Saúde em conseguir as vacinas desenvolvidas pela Universidade de Oxford produzidas na Índia.
O governo do país asiático vem postergando a entrega das doses do fármaco à entidade federal, por isso, o ministro da pasta, Eduardo Pazuello, demandou que o estado de São Paulo entregasse todas as doses disponíveis da CoronaVac para distribuir ao resto do Brasil.
O Butantan, por isso, separou 4.636.936 para entregar ao Governo Federal e o estado de São Paulo ficou com apenas 1.357.650 vacinas.
O governo de São Paulo havia, em dezembro, divulgado um plano estadual de vacinação contando com a CoronaVac, que previa a aplicação de 18 milhões de doses já na primeira fase. Com a solicitação do Governo Federal, o calendário de distribuição do estado de São Paulo terá de ser refeito.
