A Buser, startup de fretamento coletivo de ônibus, afirmou que está no radar da Bolsa de Valores norte-americana Nasdaq (National Association of Securities Dealers Automated Quotations), segundo a revista Veja.
A Buser ainda é uma empresa de capital fechado, mas essa semana a companhia viu sua imagem refletida na fachada da sede da Nasdaq na Times Square, em Nova Iorque.
Na semana passada, a companhia brasileira anunciou que levantou um montante de R$ 700 milhões em uma nova rodada de captação para financiar a expansão da empresa. Com um caixa mais robusto, a companhia mira investimentos de R$ 1 bilhão nos próximos dois anos.
Essa rodada de investimentos poderia ser um sinal de que a companhia se prepara para crescer internacionalmente, e busca abrir seu capital.
Vale ressaltar que esta rodada de investimentos na Buser foi liderada pelo LGT Lightrock, antigo LGT Lightstone. Além do fundo, participaram da rodada, também:
- Iporanga Ventures
- Softbank
- Monashees
- Valor Capital
- Globo Ventures
- Canary
Com a injeção de capital, do R$ 1 bilhão de investimentos a startup prevê que, deste montante, R$ 300 milhões sejam do próprio caixa da companhia.
A possível retomada do turismo – na qual a startup crê fielmente – deve aumentar seu faturamento em 10x entre junho deste ano e 2022.
Raio-X da Buser
A startup foi fundada em 2017 e alega que, com o seu modelo de negócio, viajar de ônibus é 60% mais barato. Atualmente a plataforma possui mais de 4 milhões de usuários cadastrados.
O modelo prevê um fretamento em que os usuários fretem um ônibus e rachem o custo, sendo que a comissão vai para o caixa da empresa.
Startup já enfrentou entraves judiciais
Ainda em janeiro deste ano, a Buser sofreu com uma decisão de um tribunal carioca que chegou a proibir o aplicativo. Segundo a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), à época, as agências de viagens estariam cometendo infração vendendo passagens da startup.