A Buser anunciou que levantou um montante de R$ 700 milhões em uma nova rodada de captação para financiar a expansão da empresa. Com um caixa mais robusto, a companhia mira investimentos de R$ 1 bilhão nos próximos dois anos.
A Startup de fretamento coletivo de ônibus prevê novos movimentos com o aporte, já que deve surfar uma possível retomada do setor de turismo. Vale ressaltar que esta rodada de investimentos na Buser foi liderada pelo LGT Lightrock, antigo LGT Lightstone.
O fundo de private equity londrino já injetou quase R$ 2 bilhões na América Latina – montante que é pulberizado em nove companhias, incluindo startups nacionais como a Creditar e a CargoX.
Além do fundo, participaram da rodada, também:
- Iporanga Ventures
- Softbank
- Monashees
- Valor Capital
- Globo Ventures
- Canary
Com a injeção de capital, do R$ 1 bilhão de investimentos a startup prevê que, deste montante, R$ 300 milhões sejam do próprio caixa da companhia.
A possível retomada do turismo – na qual a startup crê fielmente – deve aumentar seu faturamento em 10x entre junho deste ano e 2022.
O otimismo com o setor encontra respaldo nos últimos pregões, com altas de papéis como Gol (GOLL4), CVC (CVCB3) e Azul (AZUL4) – considerando novos anúncios de aquisições de algumas dessas companhias.
Relatórios e análises do início do ano previam uma retomada mais lenta no setor, dadas as dificuldades impostas pela pandemia.
Aporte deve ampliar quatro frentes
Com o capital em mãos, a Buser prevê financiar quatro “frentes“, sendo que três delas já deram seus primeiros passos. São elas:
- Buser Passagens
- Buser Encomendas
- Buser Cidades
- Oferta de crédito à parceiras
A primeira prevê um marketplace semelhante ao da ClickBus, ao passo que a segunda prevê um negócio de transporte de cargas nos ônibus fretados – modelo de aproveitamento já em voga em gigantes do e-commerce.
A terceira, ainda sem sair do papel, prevê uma melhoria no transporte urbano, sendo que não foram divulgados mais detalhes sobre as intenções da startup no segmento.
A última nada mais é do que uma oferta de crédito à “empresas parceiras”, para que as próximas possam ampliar sua operação com enfoque em aumentar sua frota de veículos.
Raio-X da Buser
A startup foi fundada em 2017 e alega que, com o seu modelo de negócio, viajar de ônibus é 60% mais barato. Atualmente a plataforma possui mais de 4 milhões de usuários cadastrados.
O modelo prevê um fretamento em que os usuários fretem um ônibus e rachem o custo, sendo que a comissão vai para o caixa da empresa.
Startup já enfrentou entraves judiciais
Ainda em janeiro deste ano, a Buser sofreu com uma decisão de um tribunal carioca que chegou a proibir o aplicativo. Segundo a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), à época, as agências de viagens estariam cometendo infração vendendo passagens da startup.
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