O Fundo Imobiliário BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11) obteve importante vitória na Justiça, divulgada nesta terça-feira (26) por meio de fato relevante. O tribunal do Mato Grosso suspendeu a decisão em primeira instância que questionava a validade da aquisição da fazenda Vianmancel, em Nova Maringá (MT). Em junho, o antigo dono do imóvel e locatário do FII pediu recuperação judicial.
A 3ª Vara Cível da Comarca de Sorriso (MT), em decisão liminar anterior, havia concluído que o imóvel não poderia ter sido negociado com o fundo. Deste modo, foi determinada a penhora da fazenda em favor do credor após o pedido de recuperação judicial.
Porém, na segunda instância, o tribunal suspendeu o efeito da decisão em favor do BTRA11, ao afirmar que não existiu qualquer problema com a operação de compra do fundo.
A gestora do FII BTG Pactual Terras Agrícolas disse que cumpriu todos os trâmites legais para a aquisição do imóvel. No último relatório gerencial, o fundo afirma que “a decisão preliminar de credores do locatário foi tomada sem a prévia manifestação da carteira”. Por esse motivo, o fundo recorreu das decisões em primeira instância, obtendo resultado favorável.
Saiba mais sobre o BTRA11
O fundo de terras comprou a fazenda em agosto de 2021, sendo o vendedor do ativo seu locatário, uma operação chamada de sale lease-back. O terreno representa atualmente 23% da receita contratada do fundo. Após o locatário decretar recuperação judicial, o fundo teve impactos importantes.
Neste mês, os dividendos do BTRA11 estão no mesmo patamar de junho, ou seja, R$ 0,70 por cota. Deste modo, o dividend yield do BTRA11 equivale a 0,87% em julho, anotando um DY anualizado de 11,27%. Em maio de 2022, ou seja, antes do problema com locatário, o fundo pagou R$ 0,94 por cota.
Sofrendo até hoje com os impactos do pedido de recuperação judicial, a variação das cotas do BTRA11 no mercado foi de -18,36% nos últimos 12 meses. Em 30 dias, variou -2,07%. Até o momento, o fundo é negociado a R$79,63, em queda de 0,44%.