O BTG Pactual divulgou nesta segunda-feira (14) um relatório sobre a startup Méliuz (CASH3). Segundo o documento, a recomendação é de “compra” para a empresa e o preço-alvo de R$ 18, o que representaria uma alta de 44% em relação ao preço atual.
De acordo com os analistas, a Méliuz se beneficia do seu pioneirismo na indústria de cashback, que ainda é bastante incipiente no país. Além disso, a startup tem uma forte presença no comércio online, com espaço de crescimento no Brasil, e também com oportunidades no mundo físico.
Contudo, o BTG aponta que ainda haverá grande competição no segmento, com empresas como Inter, C6 e PagSeguro lançando opções de cashback recentemente.
“O negócio de cashback ainda é incipiente e um maior conhecimento do produto deve beneficiar um player
independente como a Méliuz, mas a chegada de novas companhias com uma oferta mais ampla de produtos
financeiros pode gerar riscos, à medida que a competição se intensifica, pressionando o custo de aquisição de
clientes e as margens”, concluiu o relatório.
Startup de cashback Méliuz registra lucro R$ 4,733 mi no 3T20
A Méliuz divulgou no dia 16 de novembro os resultados do terceiro trimestre deste ano, com um lucro líquido R$ 4,733 milhões, ante um resultado de R$ 3,222 milhões no mesmo período de 2019.
A receita líquida total da empresa atingiu R$ 25,644 milhões no trimestre encerrado no último mês de setembro, o equivalente a um crescimento de 15% em relação a igual intervalo do ano passado, quando a Méliuz havia registrado R$ 22,345 milhões.
De acordo com a startup, o avanço na receita se deve especialmente ao crescimento do Cartão de Crédito Méliuz, combinado com o aumento do resultado relativo aos parceiros do marketplace. A receita ainda apresentou um impacto negativo decorrente de parceiros do marketplace nos segmentos de Viagens e Turismo, que “sofreram forte redução devido os impactos da pandemia de COVID-19“.
O cartão de crédito da companhia, emitido em parceria com o Banco Pan (BPAN4), chegou a um total de solicitações de 1,147 mil pedidos, uma expansão de 18 vezes o total registrado no mesmo período do ano passado. O número apurado neste ano é “reflexo das melhorias do produto e, principalmente, do aumento na variedade de canais de aquisição e melhoria na conversão dos canais de aquisição”, destacou a empresa.
Nesta segunda-feira por volta das 14h22 a Méliuz registrava uma alta de 8,80%, com suas ações cotadas a R$ 13,60. Desde seu IPO, em 3 de novembro a ação acumula alta de 25%.