O BTG Pactual (BPAC11) registrou lucro líquido de R$ 711 milhões no último trimestre de 2018. No acumulado do ano, os ganhos foram de R$ 2,741 bilhões. O balanço foi divulgado nesta segunda (25).
As receitas do BTG Pactual cresceram 13% no trimestre, totalizando R$ 1,549 bilhão. Ao longo de 2018, o faturamento soma R$ 5,352 bilhões. Além disso, a instituição fechou o trimestre com Índice de Basileia de 16,6% e retorno sobre o patrimônio líquido anualizado de 15%.
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O total de ativos sob gestão somou R$ 207,5 bilhões no ano. O valor é 43% superior ao registrado em 2017 e recorde em novas captações. O indicador WuM (Wealth under Management) somou R$ 119,2 bilhões – alta de 37%.
De acordo com o banco, a contribuição de receitas provindas da área de Sales and Trading se manteve consistente. Investiment Banking faturou 48,4% mais no quarto trimestre e manteve a liderança do setor na América Latina. Teve, inclusive, seu melhor desempenho desde o IPO da instituição, em 2012.
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No último trimestre, o BTG digital também lançou o Home Broker, a fim de oferecer maior variedade de produtos e serviços aos clientes. Além disso, marcou a expansão no mercado de Agentes Autônomos de Investimentos (AAI).
BTG vai lançar cripto-ativo com lastro em imóveis inadimplentes
O BTG Pactual anunciou na semana passada que vai lançar um cripto-ativo com lastro em imóveis inadimplentes. Segundo a agência “Bloomberg”, o banco de investimentos brasileiro espera levantar US$ 15 milhões com esse novo produto somente na oferta inicial.
O cripto-ativo, chamado ReitBZ, será baseado em ativos imobiliários que apresentaram dificuldades no Brasil. Segundo Gustavo Roxo, diretor de tecnologia do banco, o produto será baseado em tecnologia blockchain, que descentraliza as transações e garante a segurança.
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Os investidores poderão adquirir o ativo através de uma plataforma digital usando o Gemini Dollar. Essa moeda virtual é chamada também de stablecoin, pois seu valor é atrelado ao dólar norte-americano. O Gemini Dollar é emitido por uma empresa fundada pelos gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, cofundadores do Facebook. Além do Gemini Dollar, será possível utilizar o Ethereum, uma das criptomoedas mais valiosas.
Os investidores do ReitBZ receberão dividendos periódicos gerados pela recuperação dos ativos problemáticos. Segundo o banco, os retornos anuais deveriam ficar entre 15% e 20% em moeda brasileira. Esses ativos serão administrados pela Enforce, controlada do BTG que atua no setor da recuperação de crédito.
O ReitBZ será disponível mundialmente, exceto para investidores brasileiros e norte-americanos. O BTG fornecerá serviços de criação de mercado para o crito-ativo, permitindo que os investidores possam vender suas participações e obter liquidez, se necessário.