O BTG Pactual (BPAC11) informou nesta quarta-feira (12) em relatório que tendências de webrooming e showrooming estão em alta.
Primeiramente, a definição dos dois termos:
- Showrooming é aquele comportamento do cliente no qual ele busca em uma loja tradicional produtos que, posteriormente, pretende adquirir na internet.
- Webrooming é o efeito com a conclusão oposta, no qual o consumidor compra na loja após extensa pesquisa online.
De acordo com um estudo realizado pela Forrester Consulting em nome da Shopify, com o aumento expressivo de custos de anúncios digitais, as marcas que nasceram no online recorrem cada vez mais ao varejo físico. Entre as entrevistadas, 32% disseram que estão planejando expandir experiências pop-up e presenciais em 2022. Já 31% afirmou que pretende se estabelecer ou expandir a parte física.
O relatório do BTG Pactual contextualiza que as mudanças não são temporárias ou uma resposta equivalente aos acontecimentos de 2020. Os clientes (e empresas) estão se adaptando rapidamente a uma “nova realidade do varejo”.
Enquanto preço e conveniência ainda são considerações primárias, os clientes estão cada vez mais pesando a demanda por competência em categorias específicas, assim como a experiência.
As tendências crescentes de webrooming e showrooming
De acordo com relatório da BTG Pactual, os consumidores estão famintos por experiências de compras pessoais e pela camaradagem que vêm com elas. O estudo da Forrester Consulting aponta que, em 2022, 59% dos consumidores dizem que provavelmente vão procurar por um produto online e o adquirir em loja. Ou seja, trata-se de webrooming.
Alternativamente, 54% provavelmente vão olhar um produto em loja para comprar online, definindo showrooming. Ao mesmo tempo, 51% dos consumidores disseram na mesma pesquisa que a capacidade de fazer check-out online e devolver itens a um loja teve uma influência significativa ou muito significativa na hora de decidir por comprar algum produto online. Em resposta, 44% das marcas disseram que planejavam priorizar isso em 2022.
Social selling para aumentar número de clientes
Outros dados relevantes apontados pelo relatório do banco são a importância do marketing digital em vídeo e como isso impulsionou varejistas a investir nas redes sociais que focam nesse tipo de meio.
“Por exemplo, os lojistas da Shopify com uma conta do TikTok For Business podem adicionar um guia para seus perfis, sincronizar seus catálogos de produtos e criar uma mini-vitrine que vincule diretamente para sua loja Shopify”, afirmaram os analistas.
Marcas diretas ao consumidor sempre aproveitaram os dados e relacionamento com o cliente a seu favor.
Aplicando essa estrutura a outros canais de vendas resulta em taxas de conversão mais altas, promoções eficazes, desenvolvimento de produtos e relacionamentos fortes com os clientes.
Omnichannel personalizado
O BTG Pactual afirma, ainda, que os bancos de dados omni estão desempenhando um papel fundamental para as lojas.
A pandemia ressalta os riscos de confiar em apenas uma avenida de vendas quando começaram restrições de mobilidade e isolamento social.
Em uma lista de imperativos para o varejo, enquanto a indústria se prepara para 2022 e além, é a necessidade de se tornar onipotente em omnichannel. Desta forma, a busca é acabar com os limites de compra e promover o omnichannel personalizado.
No Brasil, conforme o relatório, uma boa parte do mercado de e-commerce estará nas mãos de players de nicho (ou digitalmente ativos) nos próximos anos. O crescimento dessas plataformas verticais deve ser em categorias que ainda têm baixa penetração nas vendas online, como vestuário ou pet care.