O BTG Pactual (BPAC11) definiu sua oferta subsequente de ações (follow-on) a R$ 122,01 por unit. Com isso, o banco de investimento movimentou um total de R$ 2,97 bilhões com a operação, segundo o comunicado divulgado na noite da última terça-feira (8).
O preço tem um deságio de 1,2% em comparação ao fechamento do último pregão. O BTG Pactual disse que foram emitidas 24,40 milhões de units, compreendendo 24,40 milhões de ações ordinárias e 48,80 milhões de ações preferenciais, considerando exercício integral do lote adicional.
De acordo com o comunicado, o “valor este que corresponderá ao montante do aumento de capital do banco”. O montante ainda está sujeito à homologação, acrescentou o BTG.
Segundo o Broadcast, precificada a R$ 122,01 por unit, a oferta da instituição atraiu uma demanda de seis vezes superior ao montante oferecido de units.
Conforme já apontado pelo banco, a oferta será de tamanho similar às últimas duas, realizadas em junho do ano passado e em janeiro deste ano. Nos últimos 12 meses, os papéis do banco apresentam uma valorização de 88%.
BTG Pactual supera valor de mercado da XP
Em meio a disputa com a XP por agentes autônomos de investimento (AAIs), o valor de mercado do BTG ultrapassou o da corretora.
No acumulado do ano, os papéis do BTG, negociados na B3, subiram 34%, enquanto os da XP, listados na Nasdaq, em Nova York, sobem 5%.
Dados da Economática mostram que o banco de investimento também passou a valer mais que a XP em dólares — algo que não acontecia de forma consistente desde dezembro de 2019. Os números consideram o valor do banco dividido pelas cotações da moeda americana em relação ao real.
Essa inversão de market cap é explicada pela percepção do mercado frente aos últimos movimentos inorgânicos do BTG Pactual, entre a conquista de escritórios ligados à XP, empresas do ramo tecnológico e a Inversa, controladora da Empiricus.