O Banco BTG Pactual (BPAC11) esclareceu, nesta quinta-feira (15), aos seus acionistas e ao mercado em geral que não avalia, “nem nunca avaliou”, adquirir o controle das usinas sucroalcooleiras de Atvos. Além disso, a instituição afirmou que esta transação não se enquadra nas estratégias de nenhuma das áreas de atuação do BTG Pactual.
O comunicado foi publicado após o jornal “Valor Econômico” fazer uma nota sob o título “BTG negocia compra da sucroalcooleira Atvos”, na última quarta-feira (14).
De acordo com o jornal, o BTG Pactual estaria estudando a aquisição das usinas sucroalcooleiras da Atvos. Os ativos, que supostamente seriam de interesse do BTG, pertencem à Odebrecht, e estão em recuperação judicial desde maio do ano passado.
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A publicação do jornal chegou a informar que a compra seria feita por meio da divisão do BTG Pactual que investe em empresas com dificuldades financeiras, conhecida como “special situations“. Ainda de acordo com a nota, as conversas com os reestruturadores da Atvos já estariam em curso e o aporte do banco de investimento seria em um valor próximo aos R$ 500 milhões.
O jornal também deixou claro que a Atvos detém R$ 11 bilhões em dívidas financeiras, e estava em busca de novos investidores para possibilitar a continuidade de suas atividades.
A ideia da empresa seria conseguir capital para aumentar sua área agrícola e manter-se competitiva no mercado. No final do ano passado, a consultoria RK Partners negociou com o fundo Mubadala, de Abu Dhabi, para a injeção de R$ 800 milhões na Atvos, mas não chegaram a um acordo junto aos bancos credores sobre o tamanho da participação que teriam na empresa. O fundo esperava deter 70% do negócio com o aporte.
Na publicação, o jornal ainda destacou que a divisão do BTG estudava o tamanho ideal de participação na companhia, embora as conversas ainda fossem iniciais.