O BTG Pactual (BPAC11) anotou R$ 2,847 bilhões de lucro líquido ajustado no quarto trimestre de 2023 (4T23), conforme balanço divulgado na manhã desta segunda-feira (5).
Com isso, o lucro do BTG Pactual representa uma alta de 61,1% ante igual etapa do ano anterior, quando registrou um lucro de R$ 1,767 bilhões.
O lucro líquido ajustado por unit BPAC11 foi de R$ 0,75, ante R$ 0,46 em igual período do ano anterior.
A receita total do BTG chegou a R$ 5,653 bilhões no 4T23, ante R$ 3,626 bilhões registrados no mesmo período de 2022.
O retorno ajustado sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) anualizado foi de 23,4%. Com isso, apresentou um aumento de 6,7 pontos percentuais (p.p.) na base anual. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, foi registrada alta de 0,2 p.p.
O patrimônio líquido do BTG Pactual cresceu de R$ 47,8 bilhões no fim do 3T23 para R$ 49,4 bilhões no fim do 4T23, “impactado principalmente pelo lucro líquido de R$ 2,728 milhões no trimestre e distribuição de R$ 1,45 bilhão de JCP”, disse o banco.
O Índice de Basileia do BTG Pactual no 4T23 foi de 17,5%, ante 15,1% em igual etapa de 2022 e 17,4% no trimestre anterior.
Já os ativos totais do BTG diminuíram 0,6% no trimestre, atingindo R$ 493,2 bilhões no fim do 4T23, “devido principalmente a redução de 11,5% em ativos vinculados a compromissos de recompra (REPO), que passaram de R$ 93,5 bilhões no 3T23 para R$ 82,7 bilhões ao final do 4T23 e, da redução de 7,7% nos ativos financeiros que passaram de R$ 115,0 bilhões para R$ 106,2 bilhões ao final do 4T23”, pontuou o BTG.
Em relatório, o Banco Safra avaliou que o BTG Pactual apresentou bons resultados, superando as estimativas de lucro projetadas pelo banco em 4%, “principalmente devido a um efeito de sazonalidade trimestral melhor que o esperado sobre os custos”.
“A empresa tem entregado consistentemente resultados mais fortes sequencialmente, começando 2024 com um novo nível de ROAE. Vemos riscos de alta para nossas estimativas”, completaram os analistas Daniel Vaz, Silvio Dória e Gabriel Pucci.
O Safra reiterou a recomendação para as ações do BTG Pactual em ‘outperform’ (equivalente a compra), com preço-alvo a R$ 34,00.
Despesas do BTG Pactual somaram R$ 2,2 bilhões
As despesas operacionais do BTG Pactual encerraram o trimestre em R$ 2,251 bilhões, redução de 4,9% em relação ao 3T23 e de R$ 9,127 bilhões no ano (crescimento de 17,7% em relação a 2022). De acordo com o BTG, o aumento registrado em 2023 deveu-se principalmente a:
- Bônus mais altos (seguindo as receitas mais elevadas);
- Despesas salariais e benefícios mais altos, devido ao aumento de 3,1% no número de funcionários no ano bem como ao processo anual de promoções e ajustes salariais;
- Maiores despesas administrativas.
Em termos de geração de receita por segmento, foram gerados R$ 1,353 bilhão em Corporate & SME Lending, aumento de 2,4% no trimestre e muito acima do 4T22, “quanto tivemos o impacto negativo da provisão não recorrente”, avalia o banco.
“O portfólio total continuou a crescer com foco em contrapartes de alta qualidade, alcançando R$ 171,6 bilhões, 6,8% acima do 3T23, e a carteira de SME retomou o crescimento, subindo 16,2% no trimestre”, completou o BTG Pactual.
Desempenho das ações do BTG Pactual
Perto das 11h desta segunda-feira (5), as ações do BTG Pactual caíam 0,27%, cotadas a R$ 36,57, segundo o Status Invest.
Cotação BPAC11