BTG Pactual (BPAC11) deve utilizar capital da emissão para reforçar área digital
Após o BTG Pactual (BPAC11) anunciar ontem que realizará uma oferta subsequente de ações primárias para levantar R$ 2,5 bilhões, a expectativa é de que o banco vai utilizar o capital para fazer aquisições na área digital, segundo o jornal Estadão.
De acordo com fontes escutadas pelo veículo, o BTG irá às compras para fortalecer sua plataforma digital. A empresa pretende também realizar investimentos para impulsionar o crescimento orgânico dessa área.
O novo follow on surpreendeu, pois o banco já havia realizado um movimentação do tipo há cerca de seis meses, quando levantou R$ 2,6 bilhões. Como parte do dinheiro ainda está no caixa da instituição, a nova emissão cria a expectativa de que o BTG será ainda mais agressivo em suas compras e investimentos.
Em outubro de 2020, o BTG comprou a Necton Corretora, por R$ 350 milhões. Em setembro, o banco anunciou o lançamento do BTG+, sua plataforma digital de varejo com serviços para pessoas físicas.
Além disso, o BTG, em 2020, avançou sobre os escritórios autônomos da XP Investimentos (NASDAQ: XP), adquirindo para si peças importantes como o EQI Investimentos e a Lifetime.
Movimentação do BTG vem em meio a maior disputa no mercado financeiro
As iniciativas do BTG Pactual vem em meio a uma maior disputa entre os players do mercado financeiro em um cenário de juros baixos, que está levando investidores pessoas físicas a investirem em renda variável.
Entre os exemplos recentes dessa movimentação, estão:
• Nubank adquirindo a corretora Easynvest
• Bradesco repaginando a Ágora, sua plataforma para pessoas físicas
• Santander comprando a Toro Investimentos.
Além do setor de investimentos, o BTG está avançando também em seus serviços bancários, oferecendo cartões, pagamentos de boleto e transferências.
Na quarta-feira (13), o BTG firmou parceria com a Mosaico, dona de sites como o Zoom, Buscapé e Bondfaro, para oferecer serviço de cashback e uma plataforma de e-commerce dentro do seu banco digital.