BTG Pactual (BPAC11) é melhor escolha para o setor financeiro, diz BBA
Para os analistas do Itaú BBA, as ações do BTG Pactual (BPAC11) são as melhores e mais resilientes opções do setor financeiro para o cenário atual. As units do banco de investimento, no ano, estão entre as poucas que seguem no azul, com alta de 13% desde janeiro.
Segundo a casa, o preço-alvo para as ações do BTG é de R$ 35 – o que, se concretizado, renovaria a máxima histórica dos papéis, alcançada em julho do ano passado (R$ 31,68).
Com o banco renovando recordes nos seus últimos resultados financeiros, o BBA segue otimista para os próximos balanços trimestrais.
Além disso, a retração de cerca de 15% nos últimos 30 dias é classificada como ‘bom ponto de entrada’.
“Esperamos que os resultados do 2T22 coloquem diminuam as preocupações. Nosso modelo sugere um lucro líquido ainda melhor de R$ 2 bilhões para o BTG em 2T22, alta de 18% no comparativo anual. Esperamos que o segmento de Wealth Management seja destaque, em forte contraste com a indústria. Nossas estimativas são praticamente inalteradas para uma negociação de ações em 10x P/E 2022″, dizem os analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard.
Dessa forma, o BTG é a principal escolha da casa para o setor financeiro, com crescimento em todas as áreas.
“Esperamos que todas as divisões de negócios relatem crescimento sequencial de receita. Banco de investimento deve sair do vale do 1T22 com receita de R$ 400 milhões à medida que a atividade de renda fixa melhorada compensa a ‘timidez’ do mercado de ações”, diz o BBA
A projeção é de que a receita do banco de investimento fique em R$ 850 milhões, cerca de 30% maior do que o registrado em 2021, por conta do crescimento da carteira de crédito e da ausência de pressão de spreads.
Wealth deve ser destaque do BTG Pactual
Além disso, o BBA estima que a Wealth Management deve crescer 64% no comparativo anual, para R$ 616 milhões de receita gerada.
“Embora os investidores estejam em modo de risco e aumentando sua alocações de renda fixa, o BTG deve ser capaz de gerar um rendimento de receita líquida de ~50 bps (fixo sequencialmente e significativamente acima dos 43 bps registrados em 2021). O desempenho positivo será suportado por um melhor mix de clientes, amadurecimento de coortes anteriores e crescimento flutuante
receitas como resultado de mais depósitos deixados no banco”, dizem os analistas.
A tese é de que mesmo com um cenário turbulento para o mercado de ações, o BTG Pactual segue com uma “posição de capital confortável”.
O BBA, contudo, destaca a queda no Índice de Basileia do banco, causada pela rápida expansão do crédito, risco de mercado e aumento das posições de capital nas principais participações.
Nesse caso, cita que a recompra de ações do Banco Pan (BPAN4) foi uma má alocação de capital, mas “compreende a visão de longo prazo da gestão”.
“Daqui para frente, esperamos que o Índice de Basileia ultrapasse 15% sem comprometer o crescimento. A melhoria será naturalmente impulsionada por uma combinação de um ritmo de ROE de cerca de 20%, desaceleração do crescimento da carteira de crédito e menor aquisição de ações”, diz o BBA sobre as ações do BTG Pactual.
“Não vemos necessidade de o BTG retornar com um Índice de Basileia de 16%-18% . Esses foram aplicados temporariamente para navegar em mercados mais incertos, tanto como mecanismo de defesa e para capitalizar as oportunidades decorrentes da turbulência do mercado”, concluem.
Veja último resultado de BPAC11
No 1T22 o banco anotou lucro líquido ajustado de R$ 2,1 bilhões, um resultado recorde para um único trimestre, 72% superior ao mesmo período do ano passado e 15,7% acima do quarto trimestre de 2021.
Assim, o lucro líquido do BTG Pactual somou R$ 1,94 bilhão, alta de 65% em 12 meses.
As receitas no primeiro trimestre também foram recorde em base trimestral e chegaram a R$ 4,361 bilhões, representando um aumento de 56%, se comparado ao primeiro trimestre do ano passado, e uma elevação de 24,7% frente ao quarto trimestre.
Segundo o balanço do BTG, o retorno sobre o patrimônio ajustado chegou a 21,5%, o mais elevado desde 2016. O retorno subiu 4,7 pontos porcentuais frente ao mesmo trimestre de 2021 e 2,1 pontos porcentuais em relação ao quarto trimestre.
“Este trimestre corroborou o nosso histórico de forte performance independente do cenário macro. Mesmo em um ambiente econômico mais desafiador, encerramos o primeiro trimestre com recordes de lucro e receita, impulsionado pelo nosso modelo de negócios integrado e pela expansão para novos segmentos”, afirma Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, em nota.
Além disso, no primeiro trimestre, o BTG Pactual captou R$ 52 bilhões em Net New Money (NNM) e atingiu a marca de R$ 1,048 trilhão de ativos de clientes (AuM/WuM) sob gestão e administração, aumento de 36% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Frente ao quarto trimestre, houve alta de 6,4%.