O BTG Pactual (BPAC11) receberá 245 milhões de francos suíços (cerca de R$ 1,31 bilhão) da maior seguradora da Itália, Assicurazioni Generali, em um acordo para encerrar a arbitragem acerca da venda do banco suíço BSI.
A Generali informou, na última quinta-feira (11), que o valor será pago ao BTG Pactual como indenização e ajuste de preço. Além disso, segundo a companhia, o contrato não inclui nenhuma admissão de responsabilidade ou irregularidade.
O BTG comprou o BSI da Generali por 1,25 bilhão de francos suíços (R$ 6,68 bilhões na cotação atual) em setembro de 2015. Poucos meses depois, vendeu o banco à rival suíça EFG International FG. A transação fez com que o BTG se tornasse o segundo maior acionista da EFG, o qual ainda possui uma participaçõ de 5%.
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O processo começou um ano depois, em 2016, quando a instituição financeira brasileira solicitou uma compensação monetária da seguradora por multas impostas pelas autoridades suíças e de Cingapura contra o BSI. À época, o BTG alegou que as multas estavam relacionadas ao período anterior à compra do banco.
Segundo o site “Brazil Journal”, os sócios do BTG vão receber 83,3% do valor total, o equivalente a R$ 1,08 bilhão. O restante ficará com o banco.
Segundo o acordo fechado entre as partes, o pagamento terá um impacto de 195 milhões de francos nos resultados da Generali nos primeiros seis meses após considerar as provisões existentes.
BTG Pactual lucrou R$ 768 milhões no primeiro trimestre
O BTG registrou lucro líquido de R$ 768 milhões no primeiro trimestre de 2020. Esse valor é equivalente a uma alta de 14,5% em comparação com o mesmo período no ano passado.
A receita total cresceu 2,4% e somou R$ 1,5 bilhão. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) ficou em 14,5% no primeiro trimestre. O índice de Basileia, indicador que mede o risco ao investir em uma instituição financeira, foi de 19,4%, ante 14,9% no mesmo período em 2019.
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“Esse foi um trimestre extremamente atípico, com quase dois meses de operação normal e desempenho das áreas de negócios acima da média, e mais de um mês de operação em um ambiente de crise”, disse a administração do banco.
No início da crise tomamos a decisão de reduzir imediatamente nossas exposições ao mercado, limitando o uso do balanço patrimonial, favorecendo a manutenção de alta liquidez e capacitação”, informou o BTG Pactual.
