BTG Pactual (BPAC11): analistas recomendam compra e elevam preço-alvo; ações sobem hoje
O Itaú BBA reiterou recomendação de compra para o BTG Pactual (BPAC11), elevando o preço-alvo de R$ 41 para R$ 43. Segundo o BBA, o BTG é uma parte fundamental da alocação da casa no setor financeiro. Nesta segunda-feira (08), as ações do banco sobem no Ibovespa.
Para os analistas do BBA, o banco oferece um atraente crescimento anual de 22% nos lucros e um potencial aumento no múltiplo P/E (Preço/Lucro) em relação aos atuais 11x, em comparação com os limites históricos de 14x a 16x.
“A confiança na execução também aumentou após a entrega de um ROE (retorno sobre o patrimônio) de quase 23% em 2023, mesmo em um cenário adverso. Acreditamos que é possível alcançar uma expansão ainda maior na lucratividade”, comenta o Itaú BBA.
Além disso, a equipe do BBA enxerga no BTG um balanço sólido, com condições de mercado mais favoráveis neste ano. O ajuste de preço-alvo implica em um P/E de 13x para 2024 ou 11x olhando para os ganhos de 2025.
“O BTG surpreendeu positivamente o mercado ao indicar a manutenção do ROE em 2023 nos níveis de 21% de 2022. Provavelmente terminará entregando 22,5%, apesar dos muitos desafios de mercado”, apontam os analistas.
BTG: Itaú BBA projeta expansão maior do ROE em 2024
Segundo o BBA, uma combinação de maiores receitas em todas divisões e a alavancagem operacional permitirá uma expansão ainda maior do ROE em 2024, estimado pela casa em R$ 12,6 bilhões, crescimento de 22% na base anual.
Para os analistas, o BTG deve tirar proveito do ambiente de mercado mais favorável, com um crescimento consolidado de 23% na receita em 2024, liderado principalmente pelas divisões de taxas.
As receitas de vendas & negociação provavelmente serão ainda maiores, graças à ampla rede de gestão de ativos e patrimônio. Por sua vez, os empréstimos corporativos devem ter um crescimento sólido de 27% na base anual, estima o BBA.
“O BTG está entrando em um ciclo de juros mais baixos mais forte do que nunca em termos de balanço e plataformas de negócios, com bastante apetite crescer”, disseram os analistas do BBA.
Lucro líquido ajustado foi de R$ 2,7 bilhões no 3T23
O BTG Pactual anotou R$ 2,734 bilhões de lucro líquido ajustado no terceiro trimestre de 2023 (3T23).
Com isso, o lucro do BTG Pactual representa uma alta de 19% ante igual etapa do ano anterior, quando registrou um lucro de R$ 2,302 bilhões.
O lucro líquido ajustado por unit BPAC11 foi de R$ 0,72, ante R$ 0,60 em igual período do ano anterior.
A receita total do BTG chegou a R$ 5,660 bilhões no 3T23, ante R$ 4,756 bilhões registrados no mesmo período de 2022.
O retorno ajustado sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) anualizado foi de 23,2%. Com isso, apresentou um aumento de 1,2 ponto percentual (p.p.) na base anual. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, foi registrada alta de 0,5 p.p.
O patrimônio líquido do BTG Pactual totalizou R$ 47,772 bilhões no 3T23, representando um aumento de 2,3% em relação ao trimestre anterior e de 13% na comparação anual, “principalmente impactado pela distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 1,53 bilhão”, disse o banco.
O Índice de Basileia do BTG Pactual no 1T23 foi de 17,4%, ante 15,2% em igual etapa de 2022 e 15,4% no trimestre anterior.
Ativos totais cresceram 4,6% no trimestre, passando de R$ 474,6 bilhões no fim do 2T23 para R$ 496,4 bilhões no fim do 3T23, devido principalmente ao aumento de:
- 8,0% nos ativos financeiros que passaram de R$ 106,5 bilhões para R$ 115,0 bilhões ao final do 3T23;
- 6,7% no portfólio de crédito que passou de R$ 109,1 bilhões para R$ 116,3 bilhões;
- 4,0% em ativos vinculados a compromissos de recompra (REPO), que passaram de R$ 89,9 bilhões para R$ 93,5 bilhões;
Despesas do BTG Pactual somaram R$ 2,12 bilhões
As despesas operacionais do BTG Pactual encerraram o trimestre em R$ 2,367 bilhões, 0,8% abaixo das do 2T23.
“A redução das despesas totais foi principalmente devido a uma diminuição na amortização do ágio, visto que já amortizamos 100% do ágio proveniente de algumas aquisições realizadas no passado. Esse movimento foi parcialmente compensado pelas despesas mais altas com bônus – que cresceram em linha com a maior geração de receita”, destacou a administração.
Em termos de geração de receita por segmento, foi gerado R$ 1,322 bilhão em Corporate & SME Lending, representando alta de 3,5% ante o trimestre anterior e em linha com o crescimento de 4,4% do portfólio no período.
“Seguimos expandindo a carteira de crédito com spreads altos e mantendo níveis adequados de provisão”, completou o BTG Pactual.
Cotação
Na tarde desta segunda-feira (08), as ações do BTG Pactual sobem 2,10%, cotadas a R$ 37,50.
Cotação BPAC11