BTG mantém compra para MRV (MRVE3) mesmo após “trimestre fraco”
O BTG Pactual reiterou sua recomendação de compra para as ações da MRV (MRVE3), mesmo após o primeiro trimestre de 2025 ter apresentado dados operacionais abaixo do esperado, o que levou a uma avaliação de “números operacionais fracos”.

Em relatório, o banco destaca que valuation atual e o desconto frente aos pares justificam a visão otimista, apesar da ausência de gatilhos de curto prazo que possam reverter imediatamente a queda dos papéis.
Os analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio destacam que, no 1T25, a MRV registrou lançamentos de R$ 2,88 bilhões, porém as vendas líquidas ficaram em R$ 2,19 bilhões, com consumo de caixa de R$ 94 milhões afetado por entraves na transferência e cobrança de recebíveis em programas regionais. Segundo o BTG, esses problemas já foram resolvidos e não devem se repetir no 2T25.
O BTG destaca que o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) continua sendo um pilar fundamental para a construtora. Com a análise de que o programa está em um momento favorável, com o lançamento de uma nova faixa para compradores com renda até R$ 12 mil, o banco projeta que a MRV poderá retomar margens e geração de caixa ao longo de 2025.
“Acreditamos que a MRV provavelmente recuperará a lucratividade, mas uma reestruturação nunca é rápida para as construtoras”, afirmaram os analistas.
MRV (MRVE3): recuperação à vista, diz banco
Com a normalização operacional e a continuidade da demanda por habitação de baixa renda, o BTG prevê uma recuperação robusta para a empresa, com lucro líquido estimado de R$ 1,63 bilhão em 2025, em comparação com R$ 752 milhões em 2024.
O banco também projeta um dividend yield de 29,3%, um dos mais altos do setor, o que reforça as perspectivas positivas para a empresa. O preço-alvo estabelecido no relatório é de R$ 17,00, o que representa um potencial de valorização de mais de 230% para a MRV, considerando o fechamento das ações MRVE3 em R$ 5,12 no pregão desta quarta-feira (16).