Fusão de Hapvida (HAPV3) e NotreDame (GNDI3) “não pode ser melhor”, diz BTG

Em relatório divulgado na última sexta (8), os analistas do BTG Pactual (BPAC11) afirmaram que a proposta de fusão entre a Hapvida (HAPV3) e a NotreDame Intermédica (GNID3) “não poderia ser melhor para as duas empresas”. O banco acredita que não deve haver oposição do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) ao negócio, e reiterou recomendação de compra para ambos os papéis.

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Para os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim, a fusão criará uma gigante com valor de R$ 118 bilhões e com 18% de participação de mercado (somando os cerca de 9% que ambas possuem).

Hapvida e NotreDame Intermédica, juntas, podem ter R$ 25 bilhões em receita em 2021, um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 4,5 bilhões. Já a alavancagem estaria em um nível saudável, com a relação entre a dívida líquida e o Ebitda em 0,5 vez.

Fusão deve gerar sinergias consideráveis

Ainda segundo o BTG Pactual, uma movimentação do tipo deve gerar sinergias significativas. Fusões no setor de saúde comumente acarretam em muitos corte de custos, com despesas administrativas caindo, com menor gasto com suprimentos médicos e com Capex podendo ser combinado.

A Hapvida, ao adquirir o grupo São Fracisco, por exemplo, gerou sinergias de cerca de R$ 175 milhões por ano. Já a NotreDame, ao adquirir a Greenline, gerou R$ 100 milhões em sinergia por ano.

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De forma conservadora, para o BTG, a fusão das duas companhias deve gerar sinergia de cerca de 5% da receita da NotreDame Intermédica, algo próximo a R$ 700 milhões.

Cade não deve se posicionar contra união de Hapvida com NotreDame

Para os analistas do banco, o Cade não deve se opor à fusão porque as duas companhias atuam com pouca sobreposição regional. A Hapvida não atua muito em São Paulo, onde a NotreDame tem taxa relevante do mercado. E a NotreDame não tem exposição nas regiões Norte e Nordeste, onde a Hapvida atua de maneira prioritária.

Para o banco, apenas em Belo Horizonte há uma soma relevante entre a dominância de mercado de ambos os players.

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O BTG acredita ainda que a fusão pode, de maneira geral, ser boa para o setor de seguros de saúde brasileiro. Isso porque os dois maiores competidores devem deixar, por enquanto, fusões e aquisições de lado, o que pode gerar mais disciplina para as demais companhias do setor.

Os papéis ordinários da Hapvida avançam, nesta segunda-feira, cerca de 730% às 10h25. As da NotreDame, no mesmo horário, subiam 8,30%,

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Vitor Azevedo

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