O BTG Pactual (BPAC11) elevou hoje o preço-alvo da Arezzo (ARZZ3) de R$ 50 para R$ 80, com recomendação de compra, incorporando o valor de aquisições da Reserva e do direito exclusivo de distribuição da Vans no Brasil. Para os analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi, as recentes movimentações abrem “novos caminhos para o crescimento” para uma empresa que já é reconhecida por sua resiliência.
Após incrementar em 2019 sua receita em R$ 240 milhões com a Vans, a aquisição da Reserva, que teve R$ 435 milhões em vendas no último ano (em um negócio de R$ 715 milhões), leva a Arezzo a acelerar o processo de construção de um portfólio de marcas mais amplo. Isso deve, para o BTG, acelerar o posicionamento do marketplace da companhia, que já vem tendo rápido progresso, com o crescimento das vendas multicanais.
O click-and-collect (comprar online e retirar nas lojas) está disponível em 64% das lojas, ship-from-store (que transforma lojas em pequenos centros de logística) em 33% e a venda remota (que acontece com as lojas enviando um link para o pagamento de cartão de crédito pelo WhatsApp) em 100%.
Em novembro, a companhia lança a plataforma ZZMALL, que contará com quase 40 marcas, incluindo calçados, joias e vestuário. Os analistas veem como algo positivo a capacidade da companhia de usar suas redes de franquias, os recursos locais e a rede logística.
Além do avanço da parte operacional, o aumento do preço-alvo avalia também a inclusão da Reserva ao valor da companhia, que deve elevar o preço de cada ação em cerca de R$ 9. O BTG Pactual espera que a Arezzo tenha um crescimento (CAGR) de 18% do lucro nos próximos 5 anos, justificando os múltiplos maiores em comparação com outras companhias do varejo. A ARZZ3 está sendo negociada, atualmente, a 32x P/E (preço por lucro) 2021 e 27x P/E 2022.
Por volta das 11h10, as ações da Arezzo avançavam 1,03% na B3, sendo negociadas a R$ 69,41.