A reabertura econômica da China segue indefinida e, diante disso, o BTG Pactual (BPAC11) permanece sem alocação tática direta no país momentaneamente. Segundo o banco, a abertura deve acontecer apenas no terceiro trimestre de 2023 – mas acredita que o país voltará a ser ‘investível’, com destaque para os ativos de commodities como Gerdau (GGBR3), Vale (VALE3) e Suzano (SUZB3).
No relatório “Reabertura da China”, divulgado na última terça-feira (13), os analistas Álvaro Frasson, Arthur Mota, Leonardo Paiva e Luiza Paparounis apontam que, no cenário mais provável, a reabertura da China só ganhará tração no segundo trimestre de 2023. Será o momento em que devem ocorrer as reuniões anuais do Congresso Nacional do Povo e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.
“A reabertura da China após essas mudanças tornou-se o grande tema de mercado para definição de posicionamento de risco, em conjunto com as decisões de política monetária pelos principais Bancos Centrais,” diz o relatório.
Desta forma, o BTG projeta que o PIB da China terá uma alta de 4,85% no próximo ano. Apesar disso, o setor imobiliário chinês — que tem a expectativa de novos investimentos — pode ter dificuldades a curto prazo, com possíveis quedas no volume de vendas. Segundo os analistas, as fontes de financiamento “ainda estão travadas”.
Ao longo dos próximos meses, com a percepção de que o pior ficou para trás, entendemos que o mercado chinês voltará a ser ‘investível’ para os alocadores globais, mas ainda demandará seletividade.
Ainda segundo o documento, o plano quinquenal do governo chinês reforça “teses de longo prazo focados no consumo interno e na indústria de alta intensidade tecnologia”. Desta forma, haverá menos espaço para empresas tecnológicas, ativos usuais em índices listados nas bolsas ocidentais.
Por outro lado, a projeção favorece os papéis de commodities e os analistas acreditam que um piso já pode estar se formando no próximo ano. “Em termos de picking [estratégia de comprar ações por um preço menor e vender quando elas se valorizam] preferimos Gerdau, Vale e Suzano, além de terem incorporado algumas dessas teses em suas carteiras.”, destaca o relatório “Reabertura da China” do BTG Pactual.
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