O BTG Pactual (BPAC11) está preparando uma oferta de R$ 500 milhões em certificados de recebíveis mobiliários (CRIs) cujos recursos devem ser utilizados para pagamento de aluguéis.
Com a emissão, o BTG se junta à Petrobras (PETR4) na lista de companhias que fizeram CRI para pagar aluguéis.
Este tipo de operação foi autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no início do ano.
Até então, CRIs era emitidos, tradicionalmente, por empresas do setor imobiliários (ou que tenham créditos imobiliários) para usar como lastro, e os recursos levantados eram destinados para a construção, compra ou reforma de imóveis.
Com a decisão da CVM, qualquer companhia que seja locadora pode, atualmente, emitir os papéis. A primeira a fazer uma operação do tipo foi a Rede D’Or (RDOR3), que levantou R$ 1,14 bilhão no fim de maio.
A oferta do banco será feita pela Opea e a emissão terá lastro em créditos oriundos de letras financeiras da instituição.
O CRI do BTG deve ter três séries, com vencimentos em 2026 e 2027. A remuneração será definida após o procedimento de coleta de intenções, conforme divulgou o BTG em um prospecto preliminar protocolado na última sexta-feira.
Petrobras também prepara CRI para pagar aluguéis
A Petrobras registrou na CVM um prospecto para a emissão de Certificado de Recebíveis Imobiliários no valor de até R$ 1,8 bilhão. O documento foi protocolado no final de setembro.
O dinheiro levantado pela Petrobras deve ser utilizado para o pagamento de aluguéis.
O CRI da Petrobras está dividido entre um lote inicial de R$ 1,5 bilhão e a possibilidade de R$ 300 milhões adicionais.
A emissão será feita pela Opea, lastreada em notas comerciais da petroleira, e ocorrerá em até três séries, com vencimento em 2029, 2032 e 2037, respectivamente.
A remuneração será definida após a coleta de intenções, ficando limitada à maior taxa entre 6,15% e NTN-B 2030 no caso da primeira série.
Para a segunda série, a taxa deve ficar entre NTN-B 2032 com acréscimo de 0,15% ou 6,35%.
Na terceira série, a remuneração será a maior entre NTN-B 2035 com acréscimo de 0,30% e 6,6%.
A oferta da petroleira é coordenada pela XP, líder da operação, Safra, Itaú BBA, BTG Pactual e UBS BB.