BTG Pactual (BPAC11) eleva projeções de lucros de companhias brasileiras em 2021

O BTG Pactual (BPAC11) atualizou de forma positiva suas projeções dos lucros totais de todas as companhias brasileiras para 2020 e 2021. Segundo o banco, os prospectos para o país melhoraram desde a última publicação, em setembro, puxados, principalmente, pelas commodities.

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As novas projeções do BTG consideram os últimos dados brasileiros da produção industrial e das vendas no varejo. Apesar dos dados melhores, o banco não mudou sua análise sobre a performance do produto interno bruto (PIB) do Brasil, que deve cair 4,2% em 2020 e crescer 3,5% em 2021.

Os últimos números indicariam, para os analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi,  uma recuperação “robusta e intensa”. Das revisões dos lucros de 2020, de 18 setores, 12 apresentaram melhora na comparação com o último escrutínio, feito em setembro de 2020. Da última vez, apenas sete setores haviam tido suas perspectivas melhoradas.

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O BTG acredita que os lucro das companhias brasileiras em 2020, excluindo Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), deve vir cerca de 7% maior do que na sua previsão de setembro, indo a R$ 119,664 bilhões. Para 2021, a instituição prevê os lucros do setor 7,8% maiores do que na última projeção, alcançando R$ 210,143 bilhões.

Analistas revisam ganhos de companhias brasileiras em 2020

Próximo ao início da publicação de balanços do quarto trimestre de 2020, o banco espera agora que os ganhos das companhias domésticas em 2020 devem vir 4,5% maiores do que na última projeção, somando um total de R$127,546 bilhões, ante os R$ 122,1 bilhões previstos em setembro.

O BTG reavaliou também suas análises para bancos, serviços públicos, alimentação e habitação. Para o setor financeiro, o esperado agora é um lucro em 2020 superior em R$ 2,4 bilhões à expectativa de três meses atrás. A mudança seria baseada, principalmente, no menor gasto com provisões para inadimplência no terceiro trimestre. Apesar disso, os bancos devem ser uma “âncora” ao avanço da receita brasileira em 2021, por conta do cenário de juros baixo e do fim dos estímulos por parte do governo.

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Segundo o BTG, sem esse setor, a receita avançaria, em 2021, 19% na comparação com 2019. Com ele, entretanto, deve crescer apenas 7%. Já serviços públicos, varejo e bens de capital, para o BTG, devem ser a surpresa positiva.

Mineração e metais são destaques para 2021, diz BTG

Metais e mineração são os que tiveram suas projeções mais elevadas para 2021. O BTG espera agora um lucro para o setor de R$ 128,6 bilhões, muito maior do que os R$ 81,4 bilhões esperados anteriormente, refletindo o aumento dos preços do minério.

Para as empresas de commodities, excluindo Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), as perspectivas para 2021 melhoraram em 7% na comparação com a última análise. Apesar disso, para o BTG, a nova projeção para 2020 diminuiu em 1% na comparação com a última, com o lucro ficando em R$ 49,749 bilhões neste ano.

Com o impacto causado pelo coronavírus nos balanços, com lucros consolidados caindo 26% em 2020, por exemplo, o BTG vê as companhias brasileiras lucrando em 2021 68% a mais na comparação com a base anual e 24% na comparação com 2019, no período pré-pandemia. Há três meses, a comparação entre 2021 e 2019 era apenas de 15%.

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Vitor Azevedo

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