Na visão dos analistas do BTG Pactual (BPAC11), as ações da Equatorial (EQTL3) e da Energisa (ENGI11) estão “muito baratas para ignorar”. Em relatório publicado na quinta (26), os especialistas destacam que as empresas são suas principais opções no segmento de energia focado em distribuição/integração.
“Em nossa opinião, a Equatorial e a Energisa estão sendo negociadas a valuations implícitos (TIRs) baratos, oferecendo prêmios significativos aos títulos do tesouro brasileiro de 10 anos”, afirmam os analistas do BTG João Pimentel, Gisele Gushiken, Maria Resende e Luis Mollo.
Na visão dos especialistas, “a Energisa é muito mais barata que a Equatorial, principalmente devido à incerteza em torno das discussões sobre a renovação da concessão”.
O time do BTG disse que a Equatorial “provou ser uma das melhores operadoras de distribuição no Brasil, superando o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) regulatório e recuperando com sucesso vários ativos de distribuição em dificuldades”.
Sobre a Energisa, os analistas apontaram que a empresa tem uma história intrigante, pois apresenta algum dos melhores resultados operacionais do setor, mas foi negociada praticamente de lado ao longo dos últimos três anos.
Para as ações da Equatorial, o BTG trabalha com o preço-alvo de R$ 33. Com as ações da Energisa, o foco são R$ 60.
Na quinta (26), as ações EQTL3 e ENGI11 fecharam em R$ 27,98 e R$ 43,35, respectivamente.
BTG atualiza recomendações no setor básico
No relatório, o time do BG ressaltou que conta com recomendação de compra para as ações da Neoenergia (NEOE3) e que encontra-se neutro nos papéis da EDP (ENBR3), Cemig (CMIG4) e da CPFL (CPFE3).
O segmento de geração também está enfrentando um cenário cada vez mais desafiador com as crescentes pressões sobre os preços da energia. Embora as empresas de transmissão certamente ofereçam segurança em tempos incertos, acreditamos que a maioria dos nomes tem um preço justo neste momento”, destacou o BTG.