BRZ, mineira do ramo de construção, solicita registro de IPO

A construtora mineira BRZ Empreendimentos enviou seu pedido para oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), ampliando a fila de empresas à espera de uma abertura de capital na bolsa de valores de São Paulo.

A BRZ comunicou que pretende utilizar os recursos captados com a venda de novas ações para investir em novos projetos, antecipar permutas com donos de terrenos, reduzir o endividamento, investir em tecnologia e reforçar a liquidez.

A companhia concentra suas operações nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro; e seu quadro acionário é constituído pela Ávida Participações, JME Participações e Eduarda de Campos Tolentino. Cada parte detém um terço do capital e será vendedora na oferta secundária de ações da empresa.

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Para coordenar a operação, a BRZ contratou as instituições financeiras Bank of America, UBS, XP e Caixa Econômica Federal. A construtora informou que a oferta servirá tanto para os acionistas venderem participação no negócio quanto para injetar recursos na companhia.

Conforme prospecto liminar, a construtora registrou uma receita líquida de R$ 262,1 milhões no primeiro semestre deste ano, equivalente a uma alta de 20% ante mesmo período do ano anterior. Na mesma comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado subiu 150%, para R$ 58,4 milhões.

BRZ entra na fila de empresa de construção civil para listagem

Com o novo pedido da BRZ para registro de IPO, somam 15 ligadas ao setor de construção das 36 companhias na fila para receber autorização para listagem na B3.

O momento lembra os anos de 2007, quando cerca de duas dezenas de companhias do setor imobiliário fizeram sua estreia na bolsa brasileira, equivalente a quase um terço do total de novas listagens do ano.

Em contrapartida, atualmente, as construtoras, incluindo a BRZ, vivem um cenário de taxa básica de juros na mínima histórica de 2%, enquanto o Banco Central (BC) injeta recursos na economia para combater os efeitos da pandemia de covid-19 no Brasil. Especialistas também avaliam que a taxa Selic deve permanecer em níveis baixos por alguns anos, o que pode estimular empréstimos de longo prazo.

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Arthur Guimarães

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