Vale associa sua queda operacional ao desastre em Brumadinho

Nesta quarta-feira (8) a mineradora Vale (VALE3) divulgou seu primeiro balanço operacional de 2019. A produção total de finos e minérios teve uma queda de 28%, esse valor é correspondente a 72,9 milhões de toneladas. A comparação é feita de mesmo período em relação ao ano anterior.

Ademais, a produção de pelotas, tiveram um recuo de 23%, alcançando apenas 12,2 milhões de toneladas. No entanto, esse valor é superior em 5% das expectativas projetadas à Vale.

As vendas de minério de ferro também registraram queda de 31,2%, ao todo, 55,41 milhões de toneladas. Já as vendas de pelotas tiveram um declínio de 23%, totalizando 12,31 milhões de toneladas.

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A Vale associa a queda operacional  “em função dos impactos decorrentes da ruptura da barragem de Brumadinho e da sazonalidade climática mais forte do que o usual.”

O desastre de Brumadinho

A Barragem 1 de rejeitos da mina de Córrego do Feijão estourou no dia 25 de janeiro de 2019. A mina, localizada na área metropolitana de Belo Horizonte, é de propriedade da Vale.

O acidente gerou uma avalanche de lama, que liberou em torno de 13 milhões de metros cúbicos (m³) de rejeitos. A lama destruiu parte do centro administrativo da empresa em Brumadinho, e arrastou casas e até uma ponte.

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A barragem rompida faz parte do complexo de Paraopeba. A mina é responsável por 7,3 milhões de toneladas de minério de ferro do terceiro trimestre de 2018. O volume corresponde a 6,2% da produção total de minério de ferro da Vale.

Esse é o segundo desastre com barragem em que a Vale se envolve em três anos. Em 2015 ocorreu a tragédia de Mariana, com o rompimento da barragem da Samarco. Naquele desastre morreram 19 pessoas e a lama destruiu centenas de casas e construções.

A Samarco é controlada pela Vale e pela mineradora anglo-australiana BHP Billiton, cada uma com 50% das ações. As duas empresas se tornaram alvo de ações na Justiça por conta do desastre. As pessoas afetadas ainda esperam por reparação.

Poliana Santos

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