A BrMalls (BRML3) anunciou nesta quarta-feira (2) que vendeu 30% do Center Shopping Uberlândia à sócia Arcom Participações, por R$ 307 milhões, pagos à vista.
De acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários, a BrMalls permanecerá com 21% de participação no empreendimento e se mantêm como administradora e comercializadora do shopping.
A transação, que avalia o shopping em R$ 1,02 bilhão, implica um cap rate de 6,7%.
Por fim, a empresa ressalta que a operação está condicionada à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
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Apesar do “chega pra lá” que o conselho de administração da BrMalls (BRML3) deu à Aliansce Sonae (ALSO3) e à proposta de fusão, emissários do grupo agora consideram a possibilidade de conversar sobre a operação — com uma condição. A concorrente no setor de administração de shoppings centers deve estar disposta a negociar um prêmio de controle. As informações são da Coluna do Broadcast.
Em encontro realizado há alguns dias, porta-vozes da BrMalls deram um recado à Aliansce e disseram que não descartam a possibilidade de união dos dois grupos.
A notícia desta semana vai na linha das declarações da BrMalls de que, apesar da recusa à Aliansce, a companhia não descarta fundir os negócios com uma competidora, conforme mostram conversas preliminares com a Ancar Invanhoe.
Em janeiro, a Aliansce divulgou em fato relevante ao mercado a proposta de combinação dos negócios com a BrMalls, ao entender que a fusão teria a “capacidade de fortalecer os negócios da companhia combinada, aproveitando os talentos e as melhores práticas de cada uma das companhias, criando oportunidade única de geração de valor para os acionistas”.
Em resposta, a BrMalls declarou que a proposta não-solicitada havia sido rejeitada de forma unânime pelo conselho de administração por entender que “subavalia, consideravelmente, o valor econômico justo da BrMalls e do seu portfolio de ativos”.
A proposta, feita pela Aliansce, foi considerada uma “fusão de iguais”, uma vez que os acionistas de cada grupo teriam uma participação de 50% no conglomerado formado.
Os acionistas da BrMalls também receberiam R$ 1,35 bilhão em dinheiro para cobrir parte da diferença de valor de mercado entre ambas, de R$ 7,8 bilhões da BrMalls e de R$ 5,7 da Aliansce, segundo dados do Status Invest.