BRMalls (BRML3): Após negar proposta da Aliansce (ALSO3) empresa negocia com Gafisa e rivais

Um mês após seu conselho de administração recusar a proposta de união com a Aliansce Sonae (ALSO3), a administradora de shoppings BRMalls (BRML3) estuda opções para ampliar o tamanho do negócio por meio de outras fusões e aquisições. As informações são do Estadão/Broadcast com fontes familiarizadas com a negociação.

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A BRMalls, dona de 31 shoppings em 12 Estados, reabriu conversas com a Ancar Ivanhoe e com o empresário Nelson Tanure, controlador da incorporadora Gafisa (GFSA3), com quem os acionistas da gestora de centros de compras já haviam negociado em 2021. E nem mesmo a fusão com a Aliansce pode ser descartada.

Tanure montou em 2020 um braço de investimentos em propriedades comerciais para complementar a atuação da Gafisa, tradicional no ramo de empreendimentos residenciais.

Desde então, comprou os shoppings Jardim Guadalupe e São Conrado Fashion Mall, ambos no Rio.

A avaliação de Tanure é de que o negócio de construção e comercialização de apartamentos passa por altos e baixos, o que torna os resultados da empresa instáveis – ainda mais agora, com o ciclo de alta dos juros, que tende a esfriar as vendas de imóveis.

Os shoppings, por sua vez, têm um faturamento mais estável proveniente dos aluguéis cobrados mensalmente dos lojistas.

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Negociações entre BRMalls e Aliansce

As negociações entre BRMalls e Aliansce Sonae podem ganhar novos capítulos nas próximas semanas. Depois da proposta de combinação dos negócios ser recusada pelos conselheiros, a reportagem apurou que as conversas passaram a ocorrer entre os acionistas das duas empresas.

A estratégia é formar um grupo relevante o suficiente a ponto de mobilizar o conselho e reabrir tratativas.

A BRMalls tem uma base de acionistas pulverizada, sem um controlador definido, e há indicativos de que houve uma mudança relevante nesse pilar. As compras e vendas de ações da companhia nos últimos 30 dias cresceram quase 50%, em comparação com o giro médio do papel em 2021.

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A própria Aliansce comprou o equivalente a uma fatia de cerca de 4% da BRMalls, e um de seus acionistas, o fundo canadense CPPIB, chegou a 6%.

Entre os nomes novos ou os que reforçaram posição na base, estão ainda Sharp Capital, RPS Capital, Truxt Investimentos, SPX Capital, Grupo Neo e Miles Capital.

Outra porta que pode reabrir para a BRMalls é a retomada das conversas com a Ancar Ivanhoe para uma potencial aquisição de shoppings do portfólio da concorrente.

As empresas já tentaram um acordo em 2020, sem sucesso. Dessa vez, a notícia foi vista com ceticismo pelo mercado.

Um relatório do Bradesco BBI aponta que essa possibilidade seria uma tentativa de pressionar a Aliansce a elevar sua oferta. A empresa propôs pagar um prêmio de R$ 1,35 bilhão aos acionistas da BRMalls, valor que o conselho achou baixo.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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