A Bridgewater Associates, fundada por Ray Dalio, demitiu várias dezenas de funcionários neste mês, uma medida pouco implementada pelo maior escritório Hedge Fund do mundo. As informações foram divulgadas pelo jornal “The Wall Street Journal” nesta sexta-feira (24).
As demissões impactaram o departamento de pesquisa e a equipe de atendimento ao cliente da Bridgewater, assim como seus recrutadores. Os cortes também afetaram os grupos de auditoria da empresa, e sua equipe de gerenciamento principal. Além disso, veteranos da Bridgewater, com mais de 15 anos na empresa, também estavam entre os demitidos durante videoconferências por Zoom
A Bridgewater também adiou até o próximo ano a entrada da maioria dos analistas de primeiro ano em seu “mecanismo de investimento”, que trabalha em pesquisa, gerenciamento de contas e negociação. Uma pessoa próxima à empresa disse que a Bridgewater queria evitar a introdução de novos funcionários de forma remota. Em 2019, a empresa empregava cerca de 1.600 pessoas.
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Em um comunicado ao mercado, a Bridgewater indicou que, dado o mundo em mudança constante, “os membros da equipe trabalharão mais em casa, de forma que não precisaremos do mesmo número de pessoas na empresa, as novas tecnologias estão mudando o tipo de pessoa que precisamos e como servimos nossos clientes e também queremos nos tornar mais eficientes. Embora isso produza um conflito maior do que o normal, em termos de pessoas deixando a empresa este ano, não será muito mais do que o normal e continuaremos a investir e contratar em áreas-chave”.
Ray Dalio disse em junho que as bolsas de valores podem ter ‘década perdida’
Segundo Ray Dalio, as bolsas de valores podem estar à beira de uma “década perdida” para os investidores. A declaração do fundador da Bridgewater Associates foi data em uma nota da empresa a seus clientes em junho.
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Como reportou a agência “Bloomberg”, que teve acesso ao comunicado, Ray Dalio e sua esquipe ressaltaram que as margens das empresas, que fornecem grande parte dos retornos aos investidores, “podem enfrentar uma mudança que iria além da atual desaceleração cíclica dos lucros”.
A Bridgewater argumenta dizendo que isso ocorre devido à “globalização, talvez o maior fator de lucratividade do mundo desenvolvido nas últimas décadas, ter atingido seu pico”.