A BRF anunciou que vendeu à SATS Food PTE a sua fatia de 49% que mantinha na SATS BRF Food PTE Ltd. A empresa é uma join-venture elaborada pelas duas companhias em 2015. A companhia atua em Cingapura, na Malásia.
Em nota, a BRF disse que foram pagos 17 milhões de dólares cingapurianos, o que, hoje, é equivalente a R$ 51 milhões. O negócio prevê a criação de um novo contrato de distribuição e licenciamento da SATS às marcas pertencentes pela BRF.
Segundo a direção da companhia, a alienação divulgada faz parte de seu projeto de reestruturação, anunciada em 29 de junho do ano passado. O objetivo é acelerar a desalavancagem financeira da empresa e concentrar seus esforços em países-chave como o Brasil e em segmentos como o mercado Halal.
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No momento da formação da parceria com a SATS, em abril de 2015, a BRF investiu US$ 19 milhões. Na cotação da época, o valor era equivalente a R$ 57,190 milhões, mais do que o recebido na transação deste ano.
De acordo com o diretor global de assuntos corporativos, Marcos Jank, a intenção era comercializar produtos de valor agregado em Cingapura, deixando de ser apenas uma companhia de proteína.
Resultados da BRF
Depois de apresentar seis trimestres consecutivos com prejuízos, a BRF divulgou um lucro líquido de R$ 191 milhões no segundo trimestre deste ano.
O estoque de frangos no Brasil da empresa, desde meados do ano passado, impulsionou o resultado. A recuperação dos preços na exportação também colaborou para o novo balanço positivo.
No intervalo de abril-junho, a detentora das marcas Perdigão e Sadia teve um lucro líquido de R$ 322,8 milhões, atribuído aos sócios da controladora. Na comparação anual, a BRF teve prejuízo de R$ 1,5 bilhão.
Com essa recuperação, a companhia gerou R$ 1,3 bilhão em caixa no segundo trimestre. No mesmo período de 2018, a companhia de alimentos havia queimado aproximadamente R$ 65 milhões de seu caixa.
Nesta quinta-feira (5), por volta das 13h, os papéis da BRF (BRFS3), apresentavam alta de 0,32%, cotadas a R$ 38,01 na Bolsa de Valores de São Paulo.