BRF (BRFS3) tem unidade interditada por 15 dias pela Justiça
A BRF (BRFS3) teve as operações na planta de Lajeado (RS) interditadas por 15 dias, após decisão da Justiça para conter a propagação do novo coronavírus (covid-19). As informações são da agência Reuters e foram publicadas nesta sexta-feira (8).
A companhia da ramo alimentício ainda acrescentou que, por meio de nota, pretende recorrer da sentença. Segundo a BRF, a empresa irá defender que cumpre todas medidas de proteção e os protocolos de garantia da saúde e segurança dos colaboradores indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde.
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A decisão atende ao pedido do Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul e foi assinada pela juíza Carmen Luiza Barghouti, da 2ª Vara Civil do Fórum de Lajeado.
Conforme comunicado do MP, a determinação define o prazo de 48 horas para a paralisação integral da unidade e estipula uma multa diária no valor de R$ 1 milhão em caso de descumprimento.
MP pede fechamento de unidade de Lajeado
Os promotores do MP do Rio Grande do Sul pediram na última quinta-feira (7) o fechamento da unidade de Lajeado e de uma planta da Minuano, fornecedora de carnes à BRF para evitar a disseminação do novo coronavírus.
Conforme a decisão, a BRF deve realizar a higienização e descontaminação de:
- toda o complexo industrial;
- sistemas de refrigeração de ar;
- veículos (próprios e de terceiros);
- espaços internos e externos da planta.
As medidas deverão ser tomadas durante o período de suspensão das atividades e conforme os critérios e orientações dos órgãos de vigilância sanitária.
“A BRF deverá elaborar um plano de retomada gradativa das atividades para implementação após o período de suspensão das atividades, observando as orientações dos órgãos responsáveis”, informa o MP em comunicado.
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Nesse sentido, o retorno das operações deverá acontecer somente após análise e aprovação do MP e da homologação judicial. Caso contrário, a BRF está sujeita à pena de prorrogação da suspensão até a adequação da planta.
BRF responde críticas feitas pelo órgão
A BRF comunicou à Reuters que assumiu no mês de abril o compromisso de adoção das práticas de proteção aos seus colaboradores junto ao MP e que já vem sendo cumprido desde o início da pandemia.
“A companhia contratou ainda o Hospital Israelita Albert Einstein, cujo corpo clínico esteve na unidade de Lajeado e confirmou a aptidão do ambiente da fábrica a partir de todas as iniciativas já implementadas e em andamento”, salientou a empresa.
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A BRF ainda informou que mantém contato com autoridades, sindicatos dos trabalhadores locais e a prefeitura. O objetivo, segundo a companhia, é propor e discutir medidas de segurança e de saúde de seus colaboradores.
“A empresa destaca que o setor de produção de alimentos é essencial e, por esse motivo, não poupa esforços para manter seu compromisso com a saúde e segurança dos colaboradores, da cadeia produtiva e com o abastecimento à população”, comunicou a BRF.