BRF: Moody’s mantém rating da empresa em “Ba2”
A agência de classificação de risco Moody’s manteve o rating da BRF em “Ba2” e mudou a perspectiva para a nota de crédito da companhia de “negativa” para “estável”.
De acordo com a agência, a evolução na perspectiva para o rating da BRF é relacionada à reestruturação feita pela empresa nos últimos trimestres, vendendo ativos para reduzir as dívidas e reorganização operacional.
A Moody’s salientou a epidemia de peste suína africana na China. A doença fez com que os preços internacionais das carnes fossem impulsionados, o que também gerou um fluxo de caixa livre para a BRF em 2019.
De acordo com a Moody’s: ““A companhia está em um claro caminho de recuperação, o que esperamos que continue ao longo de 2020, refletindo as medidas de reestruturação já implementadas e a melhora do mercado doméstico no Brasil”.
Ainda segundo a Moody’s, há uma expectativa de que o negócio “halal” (que é voltado aos mercados muçulmanos) continue registrando “margens saudáveis” combinadas com um melhor mix de vendas e menores custos.
Entretanto, a Moody’s destacou a menor diversificação geográfica do parque fabril da BRF e a concentração das vendas em carne de frango, já que a BRF não produz carne bovina.
Lucro líquido da BRF no 3T19
A BRF registrou lucro líquido de R$ 446 milhões nas operações continuadas no terceiro trimestre deste ano. O balanço foi divulgado em novembro. O lucro líquido total societário foi de R$ 304,4 milhões. No ano anterior, no mesmo trimestre, a empresa teve prejuízo de R$ 860 milhões.
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O Ebitda ajustado da BRF somou R$ 1,609 bilhão, um avanço de 178,1%. O resultado inclui ganho líquido de R$ 467 milhões referentes a ações tributárias. Caso esse ganho não seja levado em conta, o Ebitda ajustado é de R$ 1,142 bilhão.
A receita líquida foi de R$ 8,459 milhões, um crescimento de 8,4%. Somente no Brasil, a receita líquida aumento 6,3%, somando R$ 4,382 bilhões.
“Os resultados do terceiro trimestre de 2019 demonstram a recuperação, evolução e consolidação dos fundamentos do nosso negócio. Em nosso segmento Brasil, apresentamos retomada de volumes e crescemos cerca de 8% em relação ao segundo trimestre de 2019 (2T19), praticamente atingindo o mesmo patamar do ano passado”, informou a BRF.