Resultado da BRF (BRFS3) é positivo, mas XP recomenda compra e BTG adota cautela
O resultado operacional da BRF (BRFS3) gerou divergências entre as análises no mercado, mas no geral as instituições XP Investimentos e BTG Pactual (BPAC11) classificaram o balanço como positivo. Para a XP, o resultado do quarto trimestre superou a expectativa e a recomendação é de compra. Já para o banco, os dados vieram em linha, mas os analisas preferem adotar cautela, com indicação neutra.
Na análise da XP, a BRF reportou resultados mais fortes do que o esperado no quarto trimestre de 2020, com Ebitda ajustado de R$ 1,5 bilhão, 5% acima da expectativa, “sinalizando eficiência na gestão de sua operação em meio a um cenário de aumento no custo de matéria-prima”.
A dinâmica de preços da companhia foi, segundo a corretora, positiva tanto no Brasil (+20%) como no segmento internacional (+20%), dados que fazem os especialistas da XP visualizarem como positivo, segundo o relatório. Com isso, a corretora mantém a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 30 por ação.
Por sua vez, o BTG não obteve a mesma análise, o Ebtida ficou em linha com o que os especialistas do banco previam. O destaque é para a execução no País que cresceu, mas no exterior o ciclo apresentou piora. “A BRF se destacou novamente no Brasil. A participação de mercado cresceu sequencialmente. Internacionalmente, a história permanece um pouco menos otimista”, informou o relatório do banco.
Em geral, a análise do BTG aponta para um resultado positivo, porém a recomendação de neutro permanece até construir uma confiança na empresa. O preço-alvo é de R$ 23,00.
“Parabenizamos a consistência de execução da BRF, mas o nosso neutro permanece até que se crie uma maior confiança de que a empresa poderá superar os desafios da queda dos spreads de aves junto com a normalização esperada da demanda no Brasil”, informou o banco em seu relatório.
Após a matéria, por volta das 11h50, os papéis da BRF caíam a 1,89%, negociados a R$ 22,90.
BRF tem lucro líquido de R$ 902 milhões no 4T20
A multinacional brasileira do ramo alimentício reportou lucro líquido de R$ 902 milhões no período, um aumento de 32,6% ante o mesmo período de 2019. A BRF encerrou 2020 com lucro líquido de R$ 1,4 bilhão, aumento de 367,3% ante o lucro de R$ 297 milhões auferido em 2020.
Já a receita líquida da BRF somou R$ 11,474 bilhões entre outubro e dezembro de 2020, correspondendo a um aumento de 23,5 % ante os três últimos meses de 2019.
Por sua vez, o Ebitda da dona das marcas Sadia e Perdigão atingiu R$ 1,587 bilhão no último trimestre do ao passado. O montante é 12,3% maior do que os R$ 1,413 bilhão anotados no mesmo período no ano anterior.