A multinacional brasileira do ramo alimentício BRF (BRFS3) reportou um lucro líquido para as operações continuadas de R$ 219 milhões referente ao exercício no terceiro trimestre de 2020, uma queda de 50,9% na base anualizada.
No mesmo sentido, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da dona das marcas Sadia e Perdigão ficou em R$ 1,317 bilhão, um recuo de 18,2% em relação ao R$ 1,609 bilhão apurado em 2019. A margem Ebitda ajustado da BRF no período caiu 5,8 pontos percentuais, para 13,2%.
A empresa salientou que o resultado na comparação ano a ano é afetada pela maior geração de créditos tributários no terceiro trimestre de 2019 e pelos gastos associados ao combate dos efeitos da covid-19, de R$ 145 milhões e maiores despesas financeiras líquidas.
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Entre os gastos relacionados ao combate do novo coronavírus, a BRF destacou os desembolsos adicionais com pessoal e com prevenção e controle; doações; e logística geral.
A receita líquida da companhia de julho a setembro deste ano, por sua vez, saltou 17,5% na comparação anual, para R$ 9,943 bilhões, devido ao melhor desempenho comercial no segmento Brasil; ao aumento de 13,5% na comparação com 2019 na receita líquida do segmento internacional, impulsionado pelas performances na Ásia e DDP Halal; e aos efeitos da desvalorização cambial.
Receita da BRF no Brasil tem alta no 3T20
No Brasil, principal mercado da companhia, a receita líquida totalizou R$ 5,292 bilhões, um crescimento de 20,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. Enquanto isso, os preços médios cresceram 16,8% no período em função da “melhoria do mix de produtos e canais, além da agilidade no ajuste de preços para mitigar o aumento dos grãos e gastos extraordinários com covid”.
Já o Ebitda ajustado apresento uma contração de 17,7%, atingindo R$ 829 milhões, com uma margem de 15,7%.
As ações da BRF, negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), encerraram o pregão desta segunda-feira em alta de 3,93%, cotadas a R$ 18,50.