A BRF (BRFS3) irá definir o preço da sua oferta subsequente de ações (follow-on), que pode movimentar até R$ 8 bilhões, nesta terça-feira (1º).
Serão distribuídas inicialmente 270 milhões de novas ações da BRF na oferta primária e até 20% em lote adicional, ou seja, mais 54 milhões. O preço será definido após o encerramento do procedimento de bookbuilding, neste dia 1º de fevereiro.
As ações, entretanto, não serão disponibilizadas ao público em geral. A negociação será restrita a investidores qualificados – com mais de R$ 1 milhão investidos -, conforme instrução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
E a principal interessada nesse follow-on da BRF já se manifestou. Na última sexta-feira (28), o conselho de administração da Marfrig (MRFG3), por unanimidade, aprovou a participação da companhia na oferta de sua concorrente.
No ano passado, a Marfrig elevou sua participação na BRF para pouco mais de 30%, tornando-se acionista minoritária da dona da Sadia e Perdigão. Com o follow-on, a empresa pode aumentar ainda mais sua posição, sem disparar a chamada “poison pill”.
Apesar das incertezas sobre o futuro da companhia, a XP Investimentos vê como positiva a “formação de uma nova empresa a partir da fusão entre Marfrig e BRF, principalmente devido às sinergias comerciais positivas”.
Os bancos coordenadores da oferta, com esforços no exterior, são Citi (líder), Bradesco BBI, BTG Pactual, Itaú BBA, JPMorgan, Morgan Stanley, Safra, Santander, BofA, Credit Suisse e UBS.
Cotação de BRF e Marfrig nesta terça (25)
Próxima da precificação das suas ações para o follow-on, a BRF sofre desvalorização no pregão do dia. Por volta das 12h45 (horário de Brasília), a queda era de 1,43%, para R$ 22,01.
Já a Marfrig opera no caminho contrário, com as ações valorizando 1,56% no mesmo horário, avaliadas em R$ 22,82.