A BRF (BRFS3) registrou um lucro líquido de R$ 823 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), conforme novo balanço trimestral divulgado nesta segunda-feira (26).
O resultado da BRF mostra uma reversão do prejuízo líquido de R$ 956 milhões registrado no quarto trimestre de 2022, ou seja, mesmo período do ano anterior.
Esse lucro foi impactado pelo resultado operacional auferido no 4T23. Nesse sentido, a companhia destacou que o preço da proteína in natura de frango nos mercados internacionais e também no Brasil tiveram uma recuperação, influenciada pela diminuição das despesas associadas à venda de produtos, assim como o efeito sazonal relacionado à campanha de comemorativos.
Além disso, outro fator que influenciou nos resultados da BRF no quarto trimestre do ano passado foi a diminuição das despesas financeiras líquidas, e a hiperinflação na Turquia.
“O resultado consolidado do 4T23 foi impactado pela hiperinflação na Turquia e do ano de 2023 pela hiperinflação na Turquia e pela dívida designada como hedge accounting no 2T23”, explicou o balanço trimestral da BRF.
As receitas líquidas da empresa de frigoríficos totalizaram R$ 14,426 bilhões no último trimestre de 2023, com leve baixa de 2,3% sobre o faturamento registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 14,769 bilhões.
Além de BRF, confira outros destaques desta segunda-feira:
Petrobras (PETR4) anuncia acordo com a Arcelor Mittal visando negócios em baixo carbono
- A Petrobras (PETR4) informou, na noite desta segunda-feira (26), que assinou um memorando de entendimentos com Arcelor Mittal Brasil, tendo como objetivo estudar potenciais negócios na economia de baixo carbono.
- Segundo a petroleira, o acordo visa modelos de negócio que sejam mutuamente benéficos, e as empresas buscarão identificar oportunidades comerciais e parcerias no Brasil que estejam alinhadas às estratégias de diversificação e descarbonização.
- “A parceria envolve a avaliação de potenciais modelos de negócio para combustíveis de baixo carbono, hidrogênio e seus produtos, produção de energias renováveis e CCS (captura, transporte e armazenamento de CO2 (dióxido de carbono)”, informou a Petrobras acerca do memorando de entendimentos com a Arcelor Mittal.
Oi (OIBR3): Ações derretem 16% em meio a ofensiva de Tanure
- As ações da Oi (OIBR3) despencam 16% no intradia da bolsa de valores nesta segunda-feira (26) por volta das 17h30.
- Esse movimento nas ações da Oi reflete uma notícia de bastidores, divulgada pelo Broadcast, de que o empresário Nelson Tanure estaria montando posição nos papéis da empresa.
- As informações são de que o empresário teria a intenção de assumir o controle da companhia de telecomunicações.
- Com isso, ele apontaria o nome de membros do Conselho de Administração da empresa e poderia renegociar com credores o atual plano de recuperação judicial da Oi.
AES Brasil (AESB3): lucro líquido diminui 18% no 4º trimestre, para R$ 112,6 milhões
- A AES Brasil (AESB3) reportou lucro líquido de R$ 112,3 milhões no quarto trimestre do ano passado, queda de 18,0% em base anual de comparação. No acumulado de 2023 a empresa teve lucro de R$ 333,3 milhões, alta de 4,1% em relação a 2022.
- No trimestre, a receita líquida da AES totalizou R$ 973,6 milhões, alta de 28,0% sobre o mesmo período do ano anterior, enquanto no ano ela alcançou R$ 3,431 bilhões, elevação de 20,6% sobre 2022.
- De outubro a dezembro, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) somou R$ 511,1 milhões, aumento de 42,0%. Considerando os 12 meses de 2023, o Ebitda da empresa foi de R$ 1,686 bilhões, crescimento de 42,5%.
- A margem Ebitda do trimestre alcançou 52,5%, crescimento de 5,2 pontos porcentuais (p.p.) em relação a igual intervalo do ano anterior. No acumulado do ano, o indicador ficou em 49,1%, alta de 7,5 p.p., informou a companhia.
- As despesas financeiras do trimestre somaram R$ 276,4 milhões, aumento de 45,9%, enquanto no ano ela totalizou R$ 1,117 bilhão, alta de 59,5%.
- Já a dívida líquida consolidada totalizou R$ 11,7 bilhões ao final de 2023, montante 6,4% superior ao observado um ano antes.
Prio (PRIO3) é a favorita do BTG entre as empresas juniores de petróleo; veja perspectivas
- O BTG Pactual projeta um quarto trimestre de 2023 (4T23) sem muitos catalisadores positivos para as empresas juniores de petróleo. Neste contexto, a Prio (PRIO3) continua sendo a principal escolha do banco no segmento, suportada pela robusta geração de caixa em 2024 e 2025.
- A Prio divulgará seus resultados em 11 de março, antes da abertura do mercado. Embora a produção esteja estável em 100,3 kb/d (aumento de 0,4% trimestre a trimestre), as vendas caíram 14% para 8,4 milhões de barris.
- “Isso, combinado com preços mais baixos do petróleo e despesas de marketing mais altas, leva à previsão de um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) IFRS16 de US$ 517 milhões (US$ 505 milhões ex-IFRS16), uma redução de 20% em relação ao trimestre anterior”, comenta o BTG.
- Os custos de produção da Prio são estimados em US$ 6,8/bbl, ultrapassando o limite de US$ 7/bbl pela primeira vez. As receitas líquidas são projetadas em US$ 664 milhões, com lucros de US$ 311 milhões e fluxo de caixa de US$ 266 milhões.
- Pelo lado da 3R Petroleum (RRRP3), que irá divulgar os resultados dia 6 de março, é esperada uma queda sequencial do Ebitda de 14%, para US$ 146 milhões (R$ 723 milhões), explicado principalmente pelos fortes resultados de downstream no terceiro trimestre.
- “Nossa previsão de Ebitda não incorpora resultados de refino, portanto, em uma comparação “mesma base” (apenas upstream/corporate), a queda do Ebitda deverá ser pequena (-4,7% t/t) decorrente dos preços mais baixos do petróleo”, explica o BTG.
- No quarto trimestre, espera-se que a 3R Petroleum apresente melhorias operacionais significativas devido ao crescimento da produção em 8% para 46,1 mil boe/d. Isso ajudará a empresa a diluir custos fixos, especialmente no campo Papa-Terra. As estimativas para o trimestre incluem receitas líquidas de US$ 278 milhões e lucros de US$ 122 milhões.
- Por fim, a PetroRecôncavo (RECV3) divulgará seus resultados em 5 de março, após o fechamento do mercado. No quarto trimestre, a empresa enfrentou contratempos devido a paralisações de manutenção em ativos midstream operados pela RRRP. Isso resultou em uma produção menor de 25,4 kboe/d (-9% trimestre a trimestre), redução na monetização do gás e maiores despesas com vendas devido ao uso de transporte rodoviário.
- Prevê-se que o Ebitda caia 25% para US$ 58 milhões, o menor em 2023. No entanto, a produção de janeiro da empresa mostrou melhorias, sugerindo alguma normalização das operações no primeiro trimestre de 2024. “As estimativas para o quarto trimestre incluem receitas líquidas de US$ 139 milhões, lucro de US$ 21 milhões e fluxo de caixa de US$ 14 milhões”, diz o BTG.
Weg (WEGE3): Goldman Sachs ajusta expectativas após balanço do 4T23; veja recomendação
- Em relatório após a divulgação dos resultados do quarto trimestre da Weg (WEGE3), divulgados na última quarta-feira (21), analistas do Goldman Sachs (GSGI34) ajustaram suas expectativas para a empresa.
- O Goldman sachs revisou a margem Ebitda da Weg para cima em 2024/2025, pois acredita que os atuais altos níveis (a empresa relatou quase 21,4% de margem Ebitda no 4T23) podem apresentar alguma rigidez e levar mais tempo para retornar à normalidade.
- “Embora as margens tenham surpreendido positivamente e apontem para uma normalização mais lenta do que o esperado anteriormente nos próximos anos, observamos que 2024 deverá ser impactado pelo aumento da alíquota de imposto da Weg à luz da nova regra de preço de transferência promulgada no Brasil, e deve resultar em apenas um crescimento baixo à médio de um dígito no lucro líquido, apesar do nosso crescimento esperado nas receitas”, pontuaram os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Martins.
- Com base em conversas recentes com investidores, o Goldman acredita que o foco principal da companhia continua a ser o crescimento do rendimento líquido até 2024, o que poderá gerar um sentimento negativo sobre as ações no curto prazo.
- O Goldman manteve recomendação ‘neutra’ para as ações de Weg, com preço-alvo a R$ 38,80.
Itaú (ITUB4) tem ‘forte poder de lucro’ e é favorito do Safra no setor de bancos
- Em novo relatório sobre os bancos brasileiros, analistas do Safra reiteraram otimismo com ações do Itaú (ITUB4) e do Bradesco (BBDC4).
- Atualmente a casa tem recomendação de compra para ambos, com preço-alvo de R$ 37 para as ações do Itaú e de R$ 18 para os papéis do Bradesco.
- “Após os resultados do 4T23, continuamos com uma visão positiva em relação aos bancos, considerando a expectativa de maior rentabilidade em 2024 nas operações de varejo, uma vez que os créditos de liquidação duvidosa, especialmente da safra 2022, estão sendo reduzidos”, diz a casa.
- “Nossa preferência permanece inalterada, com o Itaú Unibanco como nossa escolha preferida, devido ao maior poder de lucro, forte posição de capital e qualidade de ativos controlada, seguido pelos nomes do mercado de capitais B3 e BTG Pactual, com melhores perspectivas para 2024″, completa.
- Os analistas apontam que tem recomendação de compra para o Bradesco por conta do valuation barato, apesar de esperarem uma recuperação mais prolongada do banco.
- Em sua análise, os especialistas se debruçaram sobre os dados de crédito recentes, que mostram que a safra de 2022 foi a pior desde 2006 em termos de inadimplência de até 90 dias.
- “Isso evidencia como o cenário recente foi fortemente impactado, o que elevou o custo do risco para sustentar os níveis de cobertura em meio a maiores NPLs, reduzindo a rentabilidade do segmento de varejo”, observam.
- Além disso, acrescentam que a pandemia de Covid-19 criou uma “falsa percepção do rendimento disponível”.
- “Graças às ajudas financeiras federais, aos períodos de carência mais longos e ao menor consumo discricionário, a safra de 2020 foi classificada como uma das melhores em termos de qualidade dos ativos, o que pode ter dado a falsa percepção de um rendimento disponível mais elevado. Isto, somado a uma maior atividade de fintechs, levou a uma expansão significativa da disponibilidade de crédito ao consumidor por parte dos participantes do mercado”.
Irani (RANI3): Ebitda do trimestre decepciona expectativas do BTG, mas recomendação é de compra
- Os resultados da Irani Papel e Celulose (RANI3) no 4º trimestre de 2023 não atingiram as expectativas do BTG Pactual (BPAC11). Os analistas Caio Greiner e Leonardo Correa apontam que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) reportado veio abaixo das expectativas.
- Aos R$ 111,8 milhões, o dado fica -16% abaixo em relação ao trimestre anterior (3T23), e apresenta uma queda de 6% ante o mesmo período do ano anterior.
- A margem do Ebitda ainda comprimiu em 29% no trimestre (após uma redução de 33% no anterior), enquanto as projeções detectam volumes menores de venda. “A redução do Ebitda ajustado do 4T23 em relação ao 3T23 está relacionada à sazonalidade do mercado”, afirmou a Irani em comunicado oficial.
Da BRF à Oi, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.