BRF (BRFS3) perde CFO para a Raízen (RAIZ4) e anuncia substituições; confira os nomes

O CFO da BRF (BRFS3), Carlos Moura, recebeu uma proposta da Raízen (RAIZ4) e vai sair da companhia.

Conforme fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela Raízen, o executivo inicia na empresa a partir de 1º de junho. O CFO da companhia era Guilherme José de Vasconcelos Cerqueira.

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Ex-vice-presidente de finanças e relações com investidores da dona de Sadia e Perdigão, Moura sai da BRF e, na nova companhia, passará a responder ao CEO da Raízen, Ricardo Mussa.

Moura sai da BRF após dois anos e sete meses, quase ao mesmo tempo em que a Marfrig (MRFG3) havia assumido controle da empresa. Não foi o único a sair da empresa. Sidney Manzaro, vice-presidente da divisão Brasil, responsável pelas estratégias da Sadia e Perdigão, no principal mercado de atuação da BRF, também pediu para sair.

Manzaro ficou quatro anos como vice-presidente e, de acordo com o jornal, tinha a intenção de voltar à carreira de empreendedor.

Em notícia antecipada pelo jornal Pipeline, as saídas de ambos os executivos não foram vistas como rupturas. Não foi considerada uma intervenção de Marcos Molina, CEO da Marfrig, uma vez que o novo conselho de administração foi reunido pela primeira vez nesta quarta-feira (6).

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De acordo com a equipe de Research da Ativa Investimentos, a saída dos executivos uma semana após a eleição da chapa indicada pela Marfrig levanta dúvidas sobre a interferência da gigante de carne bovina na gestão da BRF. “Porém, tendo em vista que a companhia pretende resolver a sucessão internamente por meio da promoção de funcionários, a notícia é neutra para a companhia”, dizem os analistas.

Outro ponto importante a ser considerado na saída de Carlos Moura é a oportunidade de fazer parte da gigante Raízen, um negócio de mais de R$ 150 bilhões que traz uma tese de investimento mais intensa quando se trata da transição para energias renováveis.

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Fontes ouvidas pelo Pipeline afirmam que Molina vai montar uma gestão para a BRF com promoções internas, especialmente para evitar o turnover elevado que a companhia viu recentemente.

Após a publicação da notícia, a BRF anunciou seu próximo vice-presidente de finanças e de relações com investidores, com a nomeação de Fabio Mariano, na empresa desde 2008, que ocupava o cargo de chefe global de tesouraria. Para a substituição de Sidney Manzaro, a companhia nomeou Manoel Martins, que vai assumir o cargo de Diretor Executivo Comercial Brasil.

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Moura marcou sua passagem na companhia nos últimos dois anos: após ser contratado em setembro de 2020, o executivo decidiu focar no alongamento das dívidas. Sob sua gestão, a companhia emitiu US$ 500 milhões em um bond de 30 anos, o que deu tranquilidade em meio à pandemia para ampliar investimentos, e incluiu mais de R$ 1 bilhão em M&As para ganhar musculatura em pet food.

Cotação

No fechamento desta quarta-feira (6), as ações da BRF fecharam em alta de 0,056%, a R$ 17,86. A Raízen ficou com +0,76, a R$ 7,13, e a Marfrig, -1,57%, a R$ 21,32.

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Victória Anhesini

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