A BRF (BRFS3|NYSE: BRFS) comunicou ao mercado nesta terça-feira (20) que precificou uma oferta de senior notes (título de dívida), no exterior, no valor de US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão).
Segundo o comunicado, essas notes são adicionais e serão emitidas conforme os títulos (Initial Notes) em 21 de setembro de 2020, no valor de US$ 500 milhões. Portanto, as condições serão semelhantes, com exceção da data e preço de emissão.
Dessa forma, “as notes farão parte da mesma série, votarão junto como classe única e serão fungíveis com as Initial Notes”. Os títulos valerão até 21 de setembro de 2050, remunerados à taxa de 5,750% ao ano e os juros serão pagos semestralmente, a partir de 21 de março de 2021.
“A BRF pretende utilizar os recursos líquidos obtidos com a oferta em propósitos corporativos gerais, o que pode incluir o pagamento de dívidas especificas” informou o documento.
De acordo com o fato relevante, as notes não poderão ser ofertadas ou vendidas nos EUA com o registro ou isenção de registro aplicável. “As notes foram oferecidas apenas a investidores institucionais qualificados”.
O documento explica também que os títulos não foram e nem serão registrados perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além de que não podem e não serão vendidas no Brasil. “Exceto em circunstâncias que não constituam uma oferta pública ou uma distribuição não autorizada nos termos da legislação brasileira”.
Por fim, as notes serão negociadas na Bolsa de Luxemburgo, se aprovado, para comercialização no Euro.
BRF lucra R$ 307 milhões no segundo trimestre
A BRF comunicou, em meados de agosto, que obteve um lucro líquido de R$ 307 milhões no segundo trimestre deste ano. Esse valor é equivalente a uma queda de 5,5% em comparação com o mesmo período no ano passado, quando havia registrado R$ 325 milhões.
A receita líquida no período de abril a junho ficou em R$ 9,1 bilhões, alta de 9,2% em relação ao segundo trimestre de 2019. O resultado financeiro líquido da companhia, por sua vez, ficou negativo em R$ 190 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 1,1 bilhão, queda de 21,9% em comparação anual. Enquanto isso, o Ebitda ajustado somou R$ 1,03 bilhão, com baixa de 33,3%, excluindo os efeitos tributários, essa queda foi de 15,4%.
A dívida líquida da BRF encerrou junho em R$ 15,311 bilhões, um aumento de 15,4% em relação ao saldo de dezembro do ano passado. Dessa forma, o nível de alavancagem, medido pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda, chegou a 2,89 vezes ao final do segundo trimestre, ante 3,74 vezes de um ano antes.