BRF (BFRS3): sob Molina, novo conselho fará ajustes lentos e graduais na empresa

Quase uma semana após a renúncia de Carlos Alberto de Moura e Sidney Manzaro dos cargos de vice-presidente financeiro e de relações com investidores e de vice-presidente Brasil, respectivamente, pouco se ouviu falar em novas mudanças na estrutura corporativa da BRF (BRFS3). E a tendência é que continue assim. Uma fonte próxima da nova gestão da empresa disse que a pretensão de Marcos Molina, novo presidente do conselho de administração da BRF, é fazer uma transição lenta e gradual para não assustar o mercado.

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A ideia é que outras peças da diretoria executiva da BRF sejam trocadas, ao longo do tempo, mas que as mudanças passem quase que despercebidas pelo mercado. A primeira reunião entre a diretoria e os novos membros do conselho ocorreu de forma tranquila, segundo a fonte, e novas trocas não estão previstas em um primeiro momento.

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A própria saída de Moura da liderança financeira e de relações com investidores não estava nos planos do novo conselho. A expectativa era que o executivo ficasse um pouco mais de tempo e pudesse passar o bastão para algum nome mais próximo de Molina e Sérgio Rial, novo vice-presidente do conselho. Por enquanto, quem fica em seu lugar é Fabio Mariano, que atuava como diretor financeiro da América Latina da BRF. Carlos Alberto de Moura está a caminho da Raízen (RAIZ4) para ocupar, a partir de 1º de junho, o posto deixado Guilherme José de Vasconcelos Cerqueira como CFO e diretor de relações com investidores.

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Como era esperado, o primeiro trimestre do ano não deve trazer resultados muito positivos para a BRF. O setor de aves e suínos ainda vive um momento delicado com a demanda da China com tendência de queda e os custos de produção ainda elevados. Adiciona-se a esse contexto a queda do dólar, que para empresas exportadoras como a BRF significa menos reais no caixa da companhia.

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Nesse sentido, a substituição de Manzaro era algo esperado. Egresso da Sadia, viveu a compra de sua empresa pela concorrente Perdigão e o nascimento da BRF, onde ficou até 2015. Estava na Grano Alimentos, quando foi convidado por Pedro Parente e Lorival Luz para retornar à empresa em 2019, onde ficou até a semana passada. Manzaro trabalhou na BRF de 2007 a 2015, quando deixou a empresa sob a gestão de Abílio Diniz e Tarpon, mudando para a concorrente JBS (JBSS3), para a unidade de massas da Seara. Ele voltou para a BRF em 2018 como diretor comercial das operações do Brasil.

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Bloomberg Línea

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