Ícone do site Suno Notícias

Ações da BRF (BRFS3) recuam após troca de CEO

BRF (BRFS3) rebaixada. Foto: Divulgação

BRF (BRFS3). Foto: Divulgação

As ações da BRF (BRFS3) recuam 0,6% de cerca de 3% na B3 após a divulgação da troca de CEOs que a empresa realizará em conjunto com a Marfrig (MRFG3).

Por volta do meio-dia, as ações da BRF acumulavam alta de 3,12%, sendo negociadas a aproximadamente R$ 16,89. Depois, passaram a ceder.

Entenda a troca da BRF

As duas empresas realizarão uma troca conjunta de lideranças após o CEO da BRF, Lorival Luz, renunciar ao cargo.

A mudança teve início após a chegada de Marcos Molina, novo acionista controlador da Marfrig.

No lugar de Luz, a BRF deve colocar o atual CEO da Marfrig, e velho conhecido de Molina, o gaúcho Miguel Duarte.

Para substituir Duarte na Marfrig deve entrar Rui Mendonça, hoje diretor-geral de industrializados da empresa.

Mendonça irá liderar os negócios da Marfrig na América do Sul enquanto Tim Klein, nos Estados Unidos, seguirá no comando da National Beef.

Agentes de mercado especulavam sobre a possível ida de Sergio Rial para o cargo de CEO da BRF, graças a sua atual posição de vice-presidente do conselho. Entretanto, Rial foi há poucas semanas nomeado para convocar a Americanas (AMER3).

A saída do atual CEO da Marfrig acontece em um momento delicado em que a dona da Sadia tenta recuperar seus resultados ao mesmo tempo em que investidores ainda têm ressalvas sobre a estratégia da BRF para segurar caixa.

No segundo trimestre de 2022, a BRF começou a ver resultados da redução feita na oferta de frango, decisão tomada para recuperar margens na gestão de Luz após um prejuízo de R$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre do ano.

A troca de Luz por Gularte não deixa de ser uma demonstração do tamanho da influência de Molina frente aos outros acionistas.

A partir de agora, o acionista majoritário, com grandes poderes dentro da estrutura da companhia, deve também ser cobrado por resultados da empresa que não distribui dividendos desde 2016.

A Marfrig está avaliada em R$ 9,7 bilhões e a BRF, em R$ 17,7 bilhões.

Sair da versão mobile