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BRF (BRFS3): ações disparam quase 5% e lideram altas no Ibovespa; veja o que aconteceu

BRF (BRFS3). Foto: Divulgação/Assessoria.

BRF (BRFS3). Foto: Divulgação/Assessoria.

As ações da BRF (BRFS3) lideraram as altas do Ibovespa desta segunda-feira (22). No fechamento, a companhia registrou uma valorização de 4,92 %, a R$ 13,64. 

Sem ter divulgado fato relevante, a subida dos papéis da BRF pode estar condicionada aos custos de insumos, como milho e soja, dizem os analistas.  O fluxo comprador é liderado pelas corretoras C6, Genial e Guide. 

Hoje, o milho e a soja operaram em baixa, diante da expectativa de alta da oferta, estoques no exterior e projeções para as safras. 

O Índice Futuro de Milho B3 (IFMILHO B3) fechou em queda de -1,10% nesta segunda-feira. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 63,02 e R$ 64,68, após recuarem até 1,1%. Por sua vez, a soja (SJCc1) caiu 0,18% e vem de três últimas semanas com quedas. 

Nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal mostrando que o movimento de queda dos preços do milho se intensificou nos últimos dias, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) voltando a operar nos patamares de dezembro. 

“A pressão vem da menor demanda e da flexibilidade de parte dos vendedores. De modo geral, os negócios continuam lentos. Consumidores aguardam novas desvalorizações do cereal no curto prazo, fundamentados no avanço da colheita da safra verão, que deve aumentar a disponibilidade sobretudo no Sul do País. Além disso, a colheita de soja ganhando ritmo tende a elevar a necessidade de liberação dos armazéns”, comentam os pesquisadores do Cepea.   

Apesar da empresa estar em um período positivo com indicadores apontando melhoras, o especialista Lucas Almeida, sócio da AVG Capital, alerta que algumas casas de análise como o BTG Pactual mostram um baixo potencial yield de fluxo de caixa da BRF ao acionista e sugere também baixo ‘’upside’’ nos patamares atuais de preço.

Para a Genial Investimentos, a queda na cotação dos grãos (soja e milho) beneficiou o 3T23 e deve continuar sendo um vento favorável importante para os próximos trimestres da BRF

Em último relatório sobre a companhia, a corretora afirmou que não vê melhoras operacionais no segmento internacional no curto prazo, e que alguns fatores como o track record da companhia de alto consumo de caixa pós captações fazia ter uma posição de cautela. 

BRF: prejuízo líquido chega a R$ 262 milhões no 3T23

BRF, um dos principais players do mercado de alimentos, anunciou um prejuízo líquido das operações continuadas de R$ 262 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23).

O prejuízo líquido da BRF no terceiro trimestre foi 91,8% maior em relação ao mesmo trimestre do ano passado (3T22), quando a companhia teve perdas de R$ 137 milhões, explicado, principalmente:

Além disso, a BRF no 2T23 apresentou uma receita líquida de R$ 13,8 bilhões, o que representa uma queda de 1,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Ebitda ajustado da empresa ficou em R$ 1,205 bilhão, refletindo uma diminuição anual de 13%, enquanto a margem Ebitda ajustada ficou em 8,7%, ante 9,8% no 3T22.

“Este resultado foi impulsionado pela evolução da rentabilidade do portfólio de processados no Brasil, retração do custo dos produtos como reflexo da queda do preço do consumo dos grãos e pela melhoria contínua do nosso Plano de Eficiência, o BRF+“, afirmou a companhia.

“Fortalecemos a nossa estrutura de capital, por meio da sequencial melhora operacional e da utilização dos recursos do follow-on que contribuíram para a redução das despesas financeiras e da alavancagem, que fechou o trimestre em 2,66x”, acrescentou a BRF.

Desempenho anual das ações da BRF3

Cotação BRFS3

Gráfico gerado em: 22/01/2024
1 Ano

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