A BRF (BRFS3) levantou um capital de R$ 5,4 bilhões no maior follow-on de ações realizado em 2023 até então.
A oferta de ações da BRF teve incremento de 20% no lote inicial por conta de excesso na demanda.
Com isso, foram emitidas 600 milhões de ações a R$ 9, valor cerca de 5% abaixo do preço de fechamento da véspera.
Após o movimento corporativo, as ações BRFS3 caem cerca de 7% no intradia do pregão desta sexta-feira (14).
O capital levantado deve tirar a pressão da alavancagem da companhia, que mostra uma dívida líquida de 7,7x o Ebitda, conforme dados atualizados do Status Invest.
A expectativa é de que se tenha um recuo de 1,3x nesse indicador após a operação, melhorando a saúde financeira da companhia no curto prazo.
A Guide Investimentos teve avaliação positiva para o movimento de oferta de papéis.
“O menor peso da dívida junto com menor pressão de custos (em função da queda no preço dos grãos) devem favorecer os resultados da BRF nos próximos trimestres”, diz a casa.
O Goldman Sachs, da mesma forma, aumentou o otimismo após o follow-on.
“De acordo com os dados da BRF, no âmbito da oferta a Marfrig subscreveu a totalidade de sua participação proporcional na oferta prioritária, de forma que sua fatia percentual se manteve. Já a Salic adquiriu uma participação de 10,7% na empresa (adquirindo 30% do novo capital). Outros acionistas levaram os 37% restantes”, destacou o banco.
Os bancos JPMorgan, Bradesco BBI, BTG Pactual, Citi, Itaú BBA, Banco Safra, UBS BB e XP Investimentos coordenaram a oferta.