BRF (BRFS3): JPMorgan eleva preço-alvo, mas prefere JBS e Marfrig
O banco JP Morgan atualizou suas estimativas para a BRF (BRFS3) depois do resultado do terceiro trimestre, que foram melhores que o esperado pelo banco. O preço-alvo para a ação da BRF passou de R$ 26 para R$ 27 para dezembro de 2021, enquato o rating permaneceu neutro.
No entanto, o JP Morgan ainda prefere outras empresas do setor, como JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3), que têm recomendação Overweight (acima da média do mercado).
Em relatório, a instituição financeira informou que os mercados do Brasil e da Ásia impulsionaram os resultados, e citou a melhora no mix de produtos e nos canais de vendas, que levaram a uma margem Ebitda de 15,7%. “Por isso, estamos um pouco mais positivos em relação às margens do quarto trimestre de 2020.”
No relatório, o banco informou que os principais riscos para a BRF são oscilações muito intensas do câmbio, que podem impactar as exportações. Além disso, o preço pode variar a depender das condições de mercado e da abertura dos clientes a reajustes de preços. O banco citou ainda, entre os riscos, mudanças nos custos da ração animal.
BRF sofre pressão de custos
Na visão dos analistas, a BRF está bem posicionada na crise do coronavírus, assim como outras empresas de proteínas, com as exportações para a Ásia compensando o desaquecimento do mercado brasileiro. No entanto, os custo dos bens vendidos (COGS) está elevado em 2020 devido à alta dos grãos, o que deve pressionar as margens da BRF de forma mais intensa do que seus pares.
Além disso, o JP Morgan avalia que os mercados de carne de frango estão com excesso de oferta, limitando o aumento de preços em dólares. “A BRF está operando a preços baratos, significativamente abaixo das médias históricas, mas precisaremos ter mais clareza sobre a demanda e os preços antes de ficar mais otimitas.”
Por volta de 14h17, as ações da BRF subiam 0,05%, enquanto o Ibovespa avançava 1%. A variação anual do papel mostra queda de 40%.