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Resultado da BRF (BRFS3) no 2T22: analistas respondem se o pior já passou; mas ações caem

BRF (BRFS3) dispara quase 11% e Marfrig (MRFG3) avança 6%; Entenda o que aconteceu

BRF (BRFS3) dispara quase 11% e Marfrig (MRFG3) avança 6%; Entenda o que aconteceu. Divulgação BRF

A análise do Itaú BBA sobre o segundo trimestre de 2022 (2T22) da BRF (BRFS3) aponta que os resultados foram neutros, mas que o pior já parece ter passado – como esperado pelos analistas.

O Ebitda ajustado da BRF no 2T22 foi de R$ 1,368 bilhão, 2% acima das estimativas do Itaú BBA e 15% superior ao ano anterior.

A BRF registrou prejuízo líquido de R$ 468 milhões no segundo trimestre de 2022, contra os R$ 240 milhões reportados no mesmo intervalo em 2021 – aumento de 94,9%.

“O principal destaque foram os fortes resultados do negócio Halal, enquanto a operação do Brasil se recuperou dos fracos números do 1T22, à medida que a empresa colhe os benefícios dos ajustes da cadeia de suprimentos. Acreditamos que parte significativa da impressionante melhora trimestral já era esperada pelo mercado”, diz o relatório.

A operação brasileira reportou um Ebitda ajustado de R$ 398 milhões (contra a projeção de R$ 452 milhões) em recuperação de volume mais suave do que o esperado.

Os analistas observam que a companhia parece estar no caminho certo para entregar uma recuperação sequencial de lucratividade após o aumento de velocidade no 1T22.

No Brasil, o crescimento foi de 12,4% na receita líquida, que passou de R$ 5,817 bilhões para R$ 6,536 bilhões de um ano para o outro. De acordo com os analistas, o indicador foi impulsionado principalmente pelo desempenho fraco de aves.

Os volumes foram 14% inferiores ao ano anterior, “enquanto esperávamos dois dígitos crescimento. Nesse sentido, acreditamos que a BRF ainda enfrenta alguns impactos de ajustes de oferta feitos durante o 1T22, enquanto os volumes de produção devem melhorar para o 3T22, pois qualquer sobra os impactos dos impactos dos ajustes desaparecem”, registra o relatório.

Por outro lado, os preços da BRF superaram as expectativas, não o suficiente para compensar a inflação de custos no trimestre.

As margens foram 6,1% (70 bps abaixo da estimativa do Itaú BBA). “Em nossa opinião, a rentabilidade da operação doméstica continuou melhorarando sequencialmente ao longo do trimestre enquanto a BRF colhia os benefícios da cadeia de suprimentos realizados no 1T22”, explicam.

Outros destaques do balanço da BRF incluem os resultados operacionais de mercados internacionais, positivos com as exportações de Halal e Diretas mais do que compensaram os resultados ainda fracos na Ásia. O Halal parece estar se beneficiando da sólida demanda e das restrições globais de oferta de aves.

Por fim, o Itaú BBA destaca a “impressionante recuperação” após os resultados reportados no 1T22. “Mas há mais espaço para percorrer antes de atingir níveis de rentabilidade normalizados. As exportações brasileiras de aves estão apoiando os números consolidados da BRF neste momento”, aponta o texto.

A avaliação é de market perform (média do esperado) para as ações da BRF, com preço alvo de R$ 17,0.

Cotação da BRF

A BRF encerrou o pregão desta quinta-feira (11) em forte queda de 12,53%, a R$ 15,01. No ano, acumula perdas de 32,08%.

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