A operação de compra da Marfrig (MRFG3) para se tornar o maior investidor individual da BRF (BRFS3) impulsionou a cotação da companhia, que disparou quase 30% na semana e liderou o Ibovespa.
Após o fechamento do mercado, as empresas informaram que a operação levou a Marfrig deter 24,23% da concorrente, mas sem a intenção de assumir controle ou indicar membros para o conselho.
Também na ponta positiva do Ibovespa ficaram as ações da Unidas (LCAM3), Cemig (CMIG4), Localiza (RENT3) e Hypera (HYPE3).
Veja o ranking da semana:
- BRF subiu 28,79%
- Unidas subiu 9,71%
- Cemig subiu 7,72%
- Localiza subiu 6,96%
- Hypera subiu 6,17%
BRF dispara quase 30% com compras da Marfrig e lidera o Ibovespa
A BRF e a Marfrig namoram uma fusão há anos. Em 2019, as empresas anunciaram que estudavam a combinação de negócios, mas a discussão não foi à frente.
Enquanto a BRF é a maior exportadora mundial de carne de frango, a Marfrig tem suas operações centradas em carne bovina e é a maior produtora mundial de hambúrgueres. Geograficamente, a união das empresas também pode fazer sentido. A BRF possui 82% da receita no Brasil, enquanto a Marfrig contabiliza 80% de sua receita vinda da América do Norte.
A XP vê sinergias comerciais bem interessantes numa possível combinação de negócios. O portfólio mais diversificado facilitaria a precificação e facilitaria o aumento de marketshare, segundo analistas da corretora.
Durante a semana, o boato de uma possível fusão corria o mercado e as ações mostraram movimento de valorização. Na sexta-feira, a Marfrig comprou ações da BRF no mercado e passou a deter mais de 24% da companhia. A operação fez as companhias andarem para lados opostos: enquanto a BRF disparou 16%, a Marfrig recuou 5,5%.
Unidas salta 10% na semana; Localiza ganha 7%
A aparente notícia negativa do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que avaliou a fusão da Unidas com a Localiza como complexa e com possível concentração excessiva, acabou sendo bem recebida pelo mercado. Parte dos investidores tinha receio de que a área técnica do órgão podia recomendar a não realização da operação.
As empresas também se beneficiaram de uma queda na taxa de juros de longo prazo, segundo relatório da XP.
Cemig ganha quase 8%
Sem notícias de impacto direto no radar da empresa, a estatal mineira acumulou quatro pregões de alta nesta semana, com destaque para a quarta-feira (19), quando subiu mais de 5%, dia da aprovação do texto de privatização da Eletrobras (ELET3) na Câmara dos Deputados.
O papel da Cemig foi negociado nesta semana na máxima de 2021 aos R$ 13,34 no intraday de quarta-feira.
Hypera fecha ranking do Ibovespa
Também sem novidades no radar dos investidores, a Hypera alcançou nesta semana o maior valor histórico da empresa ao fechar na sexta-feira aos R$ 35,81, ganho diário de 1,2%.
O Ibovespa encerrou a semana aos 122.592 pontos, alta de 0,58%.