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BRF (BRFS3) tem resultados operacionais acima do esperado pelo BofA

BRF (BRFS3)

BRF. Foto: Divulgação

Entre julho e setembro deste ano a BRF (BRFS3) anotou um prejuízo pelo segundo trimestre consecutivo, agora no valor de R$ 271 milhões. Ainda assim, o BofA aponta que os resultados operacionais foram melhores do que o esperado.

Apesar dos resultados operacionais da BRF, o BofA continua preocupado “com a queima de caixa em meio a um ambiente ainda desafiador e aumento das taxas de juros”, e por isso manteve sua recomendação neutra e preço alvo em  R$ 30.

O prejuízo de R$ 271 milhões, por sua vez, foi pior do que o de R$ 144 milhões projetado pelo banco.

Em contrapartida, o relatório assinado por Isabella Simonato e Guilherme Palhares, o banco de investimentos salienta que o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da BRF foi  6,8% acima do que era esperado pelo banco, e somou R$ 1,36 bilhão.

Na avaliação do banco, a operação no Brasil foi o destaque positivo devido aos preços mais altos e custos abaixo do esperado. “A resiliência do negócio em meio a um ambiente tão desafiador é uma surpresa positiva. No entanto, questionamos essa tendência à medida que os preços da carne bovina estão caindo, potencialmente afastando os consumidores das categorias de aves e suínos e alimentos processados ​​(ou pelo menos reduzindo o comércio)”, ponderou o banco.

Por outro lado, a Ásia foi o destaque negativo no trimestre na avaliação do BofA, enquanto o Ebitda ajustado caiu 78% na comparação ano a ano e ficou 61% abaixo do que era esperado pelo banco. “Apesar da boa dinâmica de preços no Japão e na Coréia do Sul, preços muito mais baixos na China afetaram a lucratividade”, apontam os analistas.

Cotação da BRF (BRFS3)

No fechamento desta quinta-feira (11), a ação da BRF (BRFS3) caiu 0,95%, valendo R$ 22,93, com o mercado reagindo ao balanço divulgado ontem à noite. No ano, contudo, o papel acumula uma alta de 4,31% frente ao fechamento a R$ 22,04 ao final de dezembro de 2020.

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