BRF (BRFS3) conclui aquisição de unidade na Arábia Saudita por US$ 8 milhões
A BRF (BRFS3) informou, na manhã desta segunda-feira (18), que concluiu a aquisição de 100% da Joody Al Sharqiya Food Production Factory, da Arábia Saudita. A informação foi revelada por meio de um comunicado ao mercado.
A compra da BRF foi realizada por meio de sua controlada indireta com sede nos Emirados Árabes Unidos, Badi Limited. A aquisição considerou um Enterprise Value (EV) de 29,7 milhões de riais sauditas, o equivale a US$ 8 milhões (cerca de R$ 42,36 milhões), embora o preço ainda esteja sujeito a ajustes pós-fechamento.
A Joody desenvolve atividades de processamento de alimentos a partir de uma planta localizada em Dammam. Com o negócio, a BRF implementará um projeto de expansão da capacidade de processamento da unidade, de 3.600 toneladas para 18 mil toneladas anuais. O investimento estimado está em US$ 7,2 milhões (aproximadamente R$ 38,17 milhões).
“Desta forma, a companhia reforça sua presença no mercado saudita, em consonância com sua estratégia de estabelecimento de produção local e expansão do seu portifólio de produtos de maior valor agregado”, diz o comunicado.
BRF quer triplicar faturamento e investir R$ 55 bilhões em dez anos
A BRF informou, no início do mês passado, durante o evento “BRF Day”, que irá investir cerca de R$ 55 bilhões nos próximos dez anos. O montante deverá dar suporte para a empresa triplicar o faturamento a uma receita anual para cerca de R$ 100 bilhões.
Segundo a companhia, o chamado Visão 2030 procurará consolidar a empresa na liderança global de alimentos de alto valor agregado, com marcas fortes, e que poderá gerar mais retorno e uma expansão das margens de lucro.
Para isso, a gigante do setor de aliemntos deverá investir para aumentar a participação nos chamados ready meals (pratos prontos) e de carne suína, além de apostar no consumo de novas proteínas, tendência do setor e que deve transformar a produção de proteínas no futuro.
A BRF não detalhou ainda de onde virão os recursos, mas sinalizou que deve utilizar o crédito como motor de tal crescimento, pois apresentou novos limites para alavancagem da companhia.