BRF (BRFS3) e AES (AESB3) terão joint venture de energia eólica
A BRF (BRFS3) criará uma joint venture com a AES Brasil Energia (AESB3) e construirá um parque de energia eólica no Complexo Eólico Cajuína, localizado no Rio Grande do Norte.
Na construção do parque de energia eólica, a BRF deve investir um montante de R$ 80 milhões até o início das operações, que deve ocorrer em 2024. Isso, considerando que cada MW instalado deve custar cerca de R$ 5,2 milhões.
“O Projeto possuirá 160 MW de capacidade eólica instalada, equivalentes a 92 MW médios de energia assegurada a P50, dos quais 80 MW médios serão comercializados por meio de um contrato com prazo de 15 anos a ser firmado entre JV e BRF na data do fechamento da operação e com início de vigência em 2024″, diz o fato relevante da AES.
Segundo a BRF, a joint venture fica em linha com a Visão 2030, a política de sustentabilidade da produtora de proteínas – que também visa zerar emissões de gases de efeito estufa até 2040.
“Com essa parceria, a companhia atenderá cerca de um terço de suas necessidades energéticas no Brasil, e evolui com sua meta de chegar a 2030 com mais de 50% da matriz energética proveniente de fontes renováveis e limpas, além de mitigar riscos de escassez de abastecimento e operar com custos mais competitivos”, diz o frigorífico.
No mesmo sentido, a BRF é uma das únicas companhias do Brasil que emite Green Bonds – títulos de dívidas emitidos com a finalidade de captar recursos para investimentos em projetos sustentáveis.
Uma joint venture, vale frisar, é um empreendimento conjunto, formado por duas ou mais companhias que compartilham lucros, governança e responsabilidades. Um exemplo recente é a novata na bolsa Raízen (RAIZ4), que é da Shell e da Cosan (CSAN3).
Iniciativa é semelhante a da Renner
Em iniciativa análoga, as Lojas Renner (LREN3) fecharam contrato com a Enel (ELPL3) para a compra de energia eólica para atender a demanda de 170 lojas, além de seu novo centro de distribuição.
A parceria é inédita, já que o contrato é de longo prazo e a energia fornecida virá de um parque eólico já determinado da Enel que entrará em operação no fim deste ano.
Enquanto a usina da Enel no município de Tacaratu (PE) não fica pronta, parte do consumo da Renner já começa a ser atendida por energia de fonte renovável vinda de outras usinas da companhia de energia elétrica.
Cotação de BRF
Segundo o último pregão, da segunda (16), cada ação ordinária da BRF custava 23,14, representando queda de 3%. No acumulado anual, a companhia já subiu 9,7%.